A comissão externa sobre o desastre de Brumadinho (MG) realiza hoje a segunda audiência pública desta semana. O colegiado acompanha os desdobramentos de um dos maiores desastres socioambientais do mundo, que completou um mês na segunda-feira (25). De acordo com balanço divulgado ontem pela Defesa Civil, 180 mortes foram confirmadas e 130 pessoas continuam desaparecidas.
A pedido do coordenador do colegiado, deputado Zé Silva (SD-MG), e da deputada Áurea Carolina (Psol-MG), serão discutidos planos de segurança de barragem e de ação de emergência; tecnologias construtivas; e o impacto sobre as comunidades atingidas pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho.
A audiência faze parte de uma série de debates definidos pela comissão para discutir o modelo de construção, fiscalização e monitoramento das barragens de rejeitos de mineração, e propostas para o setor mineral do País que consigam reduzir a possibilidade de ocorrência de tragédias como as de Mariana e Brumadinho.
Foram convidados:
– o gerente de Segurança de Barragens de Mineração da Agência Nacional de Mineração (ANM), Luiz Paniago Neves;
– o secretário-geral da Agência Nacional das Águas, Rogério de Abreu Menescal;
– o presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Adilson Ribeiro;
– a coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro;
– o engenheiro civil e autor do livro “Barragens de Rejeito no Brasil”, Joaquim Pimenta de Ávila; e
– o professor da Universidade de Brasília (UnB) Luís Fernando Martins Ribeiro.
O debate está marcado para as 13h30, no plenário 2.