“Nesta época do ano, existe uma pressão social maior, até dos próprios amigos, para que o jovem experimente drogas. Por isso, é importante que todos estejam conscientes dos riscos aos quais que estão expostos, tanto para si, quanto para terceiros”, destaca o secretário de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro Júnior.
Para Quirino Júnior, o país vive uma epidemia de dependência química, responsável pelo aumento da violência e da pobreza. Ele ressalta que o uso de drogas acaba levando a alterações psíquicas devastadoras, o que pode contribuir para situações de extrema vulnerabilidade. “Independente da droga utilizada, o indivíduo se expõe a situações de risco, algumas interferem na coordenação psicomotora, outras aumentam o comportamento agressivo, colocando em perigo não somente o usuário, mas as pessoas ao seu redor”, afirma.
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Psiquiatria, também pela USP, Quirino aponta ainda os males causados à saúde mental. “No Brasil, tem ocorrido uma diminuição da percepção de risco de algumas drogas, como a maconha, por exemplo. Passa-se uma ideia de que não prejudica a pessoa que está utilizando. É um grande equívoco. É um grande fator de risco para sintomas psicóticos, para depressão e quadros de ansiedade”, exemplifica.