Neste sábado (30), foram liberadas sete das 11 pessoas detidas na operação Pouso Forçado, que investiga indícios de corrupção na gestão anterior da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). O diretor geral da Polícia Civil, Samir Fouad, confirmou que o mandado de prisão contra o ex-secretário de Saúde Williames Pimentel, continua em aberto.
Das quatro pessoas que continuam presas em Porto Velho, estão o também ex-secretário de Saúde, Luis Eduardo Maiorquim, e o sócio da empresa aérea Rima, Gilberto dos Santos Schefer. Essa empresa é investigada por suspeita de irregularidades no contrato com a Secretaria de Saúde.
De acordo com a direção geral da Polícia Civil, o ex-secretário estadual de saúde Williames Pimentel ainda não se apresentou à polícia e é considerado foragido, pois há um mandado de prisão contra ele. Desde ontem a polícia tenta localizá-lo.
Os mandados são de prisão temporária de cinco dias, que pode ser prorrogada. O G1 não conseguiu localizar as defesas dos investigados citados na reportagem.
Denúncia anônima
Segundo a PC, a investigação começou em 2017 depois de uma denúncia anônima. Os agentes encontraram indícios de fraudes em contratos entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Rima Táxi Aéreo no transporte aeromédico. A polícia considerou suspeita a contratação de empresa de táxi aéreo, pra fazer transporte de pacientes, sendo que há aeronaves do Corpo de Bombeiros que podem fazer o serviço.
No desenrolar das investigações, que ficaram sob a responsabilidade da DRACO – Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, a polícia descobriu que o número de viagens que a empresa cobrava não era equivalente ao pago pela secretaria. Segundo o apurado pelos investigadores, o número de voos pagos era maior do que o de voos realmente efetuados.