O ex-secretário de saúde Williames Pimentel se entregou na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) na tarde desta segunda-feira (1º) em Porto Velho. Pimentel é investigado na Operação Pouso Forçado, que averigua irregularidades em contratações de uma empresa de táxi aéreo pela Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (Sesau).
Segundo a Polícia Civil, Álvaro Humberto Paraguassu Chaves, ex-funcionário da Sesau, também se entregou nesta tarde.
A Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RO) entrou com pedido no Tribunal de Justiça (TJ-RO) para que Williames Pimentel, que também é advogado, cumpra o tempo de prisão temporária em domicílio. O pedido deve ser analisado na 1ª Câmara Especial do tribunal.
Segundo o presidente da OAB-RO, Elton Assis, o pedido é feito sempre que um advogado é preso. “Todos os advogados que são submetidos a prisão, a OAB tem entrado com pedido para que eles tenham prisão domiciliar, porque é uma prerrogativa ser recolhido em sala de Estado-Maior, mas como não tem em Rondônia a sala de estado maior, a gente faz o pedido para a prisão domiciliar”, explica Elton.
O pedido não foi analisado até a publicação dessa reportagem.
O G1 tenta contato com a defesa dos investigados.
Operação Pouso Forçado
A operação foi deflagrada pela Draco na última sexta-feira (29) para cumprir 13 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão nas casas de servidores da Sesau. 11 pessoas foram presas no dia, e sete foram liberadas no dia seguinte, ficando quatro em prisão temporária.
A Polícia Civil informou que a investigação começou em 2017, quando houve a contratação de táxi aéreo para o transporte de medicamentos. Na época, foi descoberto uma fraude e ficou comprovado nas investigações uma quantidade ilegal de voos, em qua a Rima Táxi Aéreo foi beneficiada no esquema.