Para tentar ganhar a batalha da comunicação, governo vai lançar nova campanha publicitária a favor da reforma da Previdência.
O material será lançado logo no início dos trabalhos da comissão especial, a partir de 7 de maio. O governo quer ganhar a batalha da comunicação já na largada.
A ideia é focar em duas linhas. Explicar dúvidas da população e desconstruir o discurso da oposição de que a reforma irá prejudicar camadas mais pobres.
Nessa linha, vai destacar que um engenheiro costuma se aposentar dez anos antes do que um pedreiro, e que uma empregada doméstica se aposenta com 61,7 anos em média, e sua patroa, muitas vezes, aos 55 anos.
A ideia é manter a campanha no ar durante todo o processo de votação, mas com uma ofensiva mais forte nas primeiras seis semanas, a partir do início do funcionamento da comissão especial que vai analisar o mérito das mudanças nas regras de aposentadoria no país.
A verba inicial da campanha é de R$ 40 milhões. “Temos de ganhar o discurso da narrativa na largada, não cometer o mesmo erro do governo [Michel] Temer, que perdeu a batalha da comunicação”, diz um assessor presidencial. Segundo ele, será uma campanha “agressiva, explicativa e de desconstrução do discurso da oposição”.
A campanha vai focar também na linha de que, hoje, os gastos com Previdência superam os com educação, saúde e segurança somados. “Pobre não tem lobby, quem tem de fazer o lobby por ele é o governo”, resume um assessor presidencial, lembrando que categorias que hoje se aposentam mais cedo e com benefícios elevados já começaram a se organizar para barrar a reforma ou desidratá-la.