16,8 milhões de pessoas ainda não se vacinaram contra a gripe

Esta é a última semana da campanha de vacinação contra a gripe. Até o momento, 71,6% do público foi vacinado

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Termina nesta semana a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe em todo o país. Cerca de 16,8 milhões de pessoas ainda não se vacinaram e precisam procurar a unidade de saúde mais próxima para se protegerem contra os tipos graves do vírus da influenza (A H1N1; A H3N2 e influenza B). A Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza, que teve início no dia 10 de abril, continua somente nesta semana sendo finalizada na próxima sexta-feira, dia 31 de maio.

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% do público-alvo, composto por 59,4 milhões de pessoas. Até esta segunda-feira (27), 42,5 milhões de pessoas haviam sido vacinadas contra a gripe. O número corresponde a 71,6% do público-alvo. “A vacina está disponível de graça nas unidades de saúde de todo o país. Para diminuir a circulação do vírus no país é preciso que todas as pessoas que fazem parte do público prioritário da campanha se vacinem. A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença”, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Entre a população prioritária, os funcionários do sistema prisional registraram a maior cobertura vacinal, com 101,6 mil doses aplicadas, o que representa 89,7% deste público, seguido pelas puérperas (88,6%), indígenas (82,0%), idosos (80,6%) e professores (78,1%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (30%), população privada de liberdade (47,2%), pessoas com comorbidades (63,4%), trabalhadores de saúde (69,9%), gestantes (68,8%) e crianças (67,6%).

Os estados com maior cobertura até o momento são: Amazonas (93,6%), Amapá (85,5%), Espírito Santo (75,3%), Alagoas (73,4%), Rondônia (72,6%) e Pernambuco (72,2%). Já os estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (45,8%) Acre (49,7%), São Paulo (57,0%), Roraima (57,4%) e Pará (59,2%). Em todo o país, a campanha permanece com uma estrutura formada por cerca de 41,8 mil postos de vacinação e com a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

A escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina, e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.

Neste ano, até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A (H1N1) pdm09, com registro de 407 casos e 86 óbitos.

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza teve início no dia 10 de abril em todo o país. No primeiro momento, foram priorizadas as crianças e gestantes. A vacinação está aberta para todos os públicos desde o dia 22 de abril e encerra no dia 31 de maio.

TRATAMENTO DA GRIPE

Todos os estados estão abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas.

Tabela de cobertura vacinal por UF – Dados até 27 de maio

Estado População Dose aplicada Cobertura
Rondônia 430.942 349.127 81,01
Acre 242.134 148.912 61,50
Amazonas 1.134.938 1.090.863 96,12
Roraima 193.706 143.748 74,21
Pará 2.095.999 1.466.692 69,98
Amapá 203.313 188.940 92,93
Tocantins 423.089 311.001 73,51
Maranhão 1.877.403 1.452.315 77,36
Piauí 905.543 658.414 72,71
Ceará 2.563.445 1.890.200 73,74
Rio Grande do Norte 993.277 772.701 77,79
Paraíba 1.185.997 943.573 79,56
Pernambuco 2.644.685 2.284.353 86,38
Alagoas 876.935 713.938 81,41
Sergipe 567.774 423.032 74,51
Bahia 4.101.775 2.793.435 68,00
Minas Gerais 6.077.516 4.817.397 79,27
Espirito Santo 1.053.545 875.657 83,12
Rio de Janeiro 4.902.445 2.662.204 54,30
São Paulo 13.477.738 8.723.843 64,73
Paraná 3.352.193 2.466.773 73,59
Santa Catarina 1.987.390 1.399.289 70,41
Rio Grande do Sul 3.829.699 2.780.241 72,60
Mato Grosso do Sul 801.907 576.676 71,91
Mato Grosso 859.343 647.614 75,36
Goiás 1.862.979 1.429.235 76,72
Distrito Federal 817.939 579.282 70,82
Total BRASIL 59.463.649 42.589.455 71,62

 

 

Público alvo População Vacinas aplicadas Cobertura 2019
Crianças 15.515.474 10.486.335 67,56
Trabalhador de Saúde 5.034.064 3.521.428 69,95
Gestantes 2.143.981 1.474.783 68,78
Puérperas 352.321 312.336 88,64
Indígenas 696.151 570.956 82,02
Idosos 20.889.849 16.842.573 80,62
Professores – Ensino Básico e Superior 2.344.373 1.832.528 78,15
Comorbidades 10.766.989 6.834.721 63,47
População Privada de Liberdade 756.589 357,050 47,19
Funcionários do Sistema Prisional 113.362 101.679 89,69
Policiais Civis, Militares, Bombeiros e membros ativos das Forças Armadas 850.496 255.066 29,99
Total 59.463.649 42.589.455 71,62

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