Prefeito Hildon Chaves recebe visita da embaixadora de Barbados no Brasil

A visita faz parte de um projeto do governo de Barbados, que visa promover uma conexão da realidade contemporânea entre os barbadianos

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O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves e a primeira-dama Ieda Chaves, receberam em sua residência, na noite desta terça-feira (17/9), a embaixadora de Barbados no Brasil, Tônika Sealy Thompson e sua comitiva, a quem foi oferecido um jantar. Ela veio conhecer os descendentes de barbadianos que trabalharam na construção da Madeira Mamoré e convidá-los para um intercâmbio cultural em seu país.

“Os barbadianos fazem parte da nossa história. Aqui eles desempenharam um papel enorme, papel importantíssimo, principalmente na época da construção da Estrada de Ferro, e de lá para cá vêm se destacando em diversas áreas”, comentou o prefeito.

Hildon chaves entende que, até por uma questão cultural e histórica, é importante a vinda da embaixadora para que Porto Velho possa estreitar os laços com Barbados e, eventualmente no futuro, possam surgir oportunidades de negócios tanto para Barbados como para o Brasil, aqui em Porto Velho, em Rondônia e na Amazônia.

Thompson, por sua vez, destacou que um dos projetos contemporâneos do governo do seu país é convidar todos os descendentes que migraram para vários países, a exemplo do Panamá, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil, especialmente os de Porto Velho, onde se fala português, já que em Barbados é raro encontrar alguém que fale o português.

“A minha primeira ministra está convidando os descendentes de barbadianos de todas as partes do mundo para voltarem a Barbados. Lá, temos um nível de desenvolvimento humano e de educação muito grande, 98% da população é alfabetizada. Ali, a gente pode fazer a conexão entre nossa realidade contemporânea. É uma maneira de receber e também estender o que somos a nível global”, pontuou a embaixadora.

História

O ponto de ligação de Tônika Sealy Thompson com os barbadianos em Porto Velho foi um trabalho científico intitulado “Os barbadianos e as contradições da historiografia regional”, escrito pela professora doutora Cledenice Blackman, descendente de barbadianos que trabalharam na construção da Madeira Mamoré e moradora da capital rondoniense.

Durante 15 anos, Blackman estudou todos os textos históricos sobre os barbadianos em Porto Velho. Com base em crônicas, matérias jornalísticas e depoimentos, entre outras fontes, confrontou e identificou as contradições.

“A partir daí, mostramos o quanto os historiadores construíram um ideal de grupos que vieram das Antilhas do Caribe inglês como sendo os barbadianos que vieram somente para trabalhar na Estrada de Ferro Madeira Mamoré e a gente desmistificou todo esse ideário”, comentou.

Convidados

Também estiveram presentes, o deputado estadual Laerte Gomes, presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, o ex-senador Expedito Júnior e a vereadora Joelna Holder.

“Nós temos uma comunidade que participou de toda formação, com influência importantíssima na cidade de Porto Velho. São barbadianos participando de momentos importantes dentro do contexto da cidade, só que invisibilizados. A ideia aqui, é estabelecer uma relação, uma conexão de Barbados com Brasil, através de Porto Velho, Rondônia. Isso é um momento impar”, disse Joelna Holder, também descendente de barbadianos.

Comdecom

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