A obra compilou exemplos nacionais de sucesso na implementação de assistência capaz de promover mudanças positivas à mulher e à família, no pré – parto, parto e pós – nascimento. A prática das medidas e o histórico dos procedimentos realizados no Centro de Parto Normal Esmeralda Evangelista da Silva (Casa de Parto Normal de Ariquemes), primeiro do Estado e inaugurado em setembro de 2017, foi suficiente para que o município representasse o estado de Rondônia na literatura que subsidiará atendimentos em todo território brasileiro. O trecho que cita a unidade ariquemense está no capítulo três, intitulado “Colhendo Resultados: A florescência pelas regiões do Brasil’ e foi escrito pelos enfermeiros obstetras Elissandra de Sousa Silva e Valteone Pereira Maulaz. “Após a inauguração [da Casa de Parto] em setembro de 2017, eu e minha colega Elissandra, participamos deste curso de aprimoramento pela UFRJ e as nossas experiências já surgiram efeito para a elaboração deste capítulo, e Ariquemes será divulgada em âmbito nacional, representando o estado de Rondônia como experiência de sucesso.” Afirmou
ARIQUEMES: EXEMPLO EM PARTO HUMANIZADO
De acordo os com dados divulgados no livro, até a inauguração do Centro de Parto Natural de Ariquemes, o índice de cesarianas realizadas na cidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) atingia média de 76% dos partos, chegando a quase 100% nas unidades privadas. Com o novo serviço e capacitação das equipes de atendimento, a realidade começou a mudar. As cesarianas foram reduzidas a 40% dos atendimentos e influenciou até mesmo o serviço na rede privada, que apresentou queda para 92%.
ESTRUTURA E ATENDIMENTO HUMANIZADO
O centro de Parto Natural de Ariquemes é composto por cinco quartos PPP (Pré-parto, Parto e Puerpério). Os cuidados obstétricos incluem o “Visita da Cegonha Ariquemense” que conta com visitas programadas e periódicas da gestante, a partir da 30ª semana, para conhecer a unidade, receber acompanhamento e orientações de equipe multiprofissional composta por nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo e pediatra.
Durante o parto são aplicadas tecnologias não invasivas para alívio da dor, tais como: penumbra, musicoterapia, banho morno, massagem, banqueta improvisada de madeira para verticalização do parto, exercício na bola Bobath, participação do acompanhante em todas as fases do processo. Além disso, a gestante tem liberdade para escolher a maneira como quer parir, em diferentes posições e com auxílio de outros instrumentos não farmacológicos.
No período pós – parto (puerpério), as mães ainda participam do “Relato do meu Parto” em que mãe e acompanhante falam da experiência do acompanhamento da equipe, com objetivo avaliar a assistência prestada. “Dessa foram, avaliamos o modo da assistência prestada e quais posições foram mais aceitas pelas parturientes.” Concluiu o Enfermeiro Obstetra Valteone Pereira Maulaz.