A China necessita com urgência de máscaras e outros insumos médicos, como óculos e trajes de proteção, para enfrentar a epidemia do novo coronavírus, afirmou nesta segunda-feira a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.
Vários países, incluindo França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, já enviaram material médico à China, indicou a porta-voz Hua Chunying.
A epidemia na China, que surgiu em Wuhan – capital da província de Hubei – já matou mais de 360 pessoas e o país registra mais de 17.000 casos, de acordo com o balanço mais recente.
Quando operam com capacidade total, as fábricas chinesas produzem quase 20 milhões de máscaras por dia, segundo o ministério da Indústria.
Tian Yulong, do ministério da Indústria, indicou que ao final do recesso do Ano Novo Lunar as fábricas retomam a produção e que no momento funcionam com “entre 60 e 70% de sua capacidade”.
Além de Hubei, várias províncias e cidades da China tornaram obrigatório o uso de máscaras, enquanto aumentam os temores de propagação do vírus.
A medida está em vigor na província de Guangdong, a mais populosa da China, com mais de 110 milhões de habitantes, assim como em Sichuan, Jiangxi, Liaoning e na cidade de Nankin. No total, mais de 300 milhões de pessoas devem usar máscara nas ruas.
Não é comum que a China reconheça a incapacidade de enfrentar uma crise interna.
O único apelo feito por Pequim por ajuda internacional aconteceu em 2008, quando um terremoto devastador deixou mais de 80.000 mortos e desaparecidos.