Governo de Rondônia cria Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus

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Depois de repassar informações e orientações básicas sobre o coronavírus, o Governo de Rondônia adotou na quinta-feira (7) a primeira medida concreta para prevenir o aparecimento e a disseminação da doença no Estado, com a criação do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus, com participação de 14 organizações ligadas ao sistema de saúde ou de informações e vigilância.

Pela Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), o enfermeiro Sid Orleans, coordenador do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEV), informou que embora tenham apenas casos suspeitos no Brasil, o Governo de Rondônia, sem alardear, visto que não há motivos para isso, está fazendo a sua parte, adotando medidas preventivas e pontuais, capazes de responder e dar solução, a tempo, a qualquer situação de suspeita que possa surgir.

Importa esclarecer que no Brasil e em toda América Latina não há nenhum caso confirmado de infecção por coronavírus. Entretanto, segundo o dirigente da Agevisa, é preciso que a estrutura governamental tenham uma estratégia para enfrentar qualquer eventualidade, e, por isso, com a colaboração e apoio dos membros do Comitê, já está adotando uma série de medidas preventivas e de estratégia de vigilância para atacar e isolar qualquer possibilidade de disseminação de suspeita.

Integram o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus o Ministério Público Estadual (MPE), Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), Laboratório Estadual de Patologia e Análises Clínicas (Lepac) da Secretaria de Saúde (Sesau), Núcleo Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira (Neifro) da Secretaria de Planejamento (Sepog), Superintendência de Turismo (Setur), Superintendência Estadual de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Centro Estadual de Defesa Civil (Cedec), Policlínica Oswaldo Cruz (POC), Centro Educacional Técnico Profissional para área de Saúde (Cetas), Secretaria do Ministério da Saúde em Rondônia (Sems), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), portos, aeroportos e fronteiras, e a própria Agevisa.

Orleans informou que nas duas primeiras reuniões já foi possível traçar uma linha concreta de enfrentamento ao coronavírus. A primeira, no aeroporto de Porto Velho com autoridades e técnicos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e de empresas aéreas e de fiscalização e vigilância aeroportuárias, tendo alinhadas as primeiras medidas de contingência e apoio, como a definição de um espaço (sala) dotada de estrutura para os primeiros atendimentos, ampliação do sistema de sinal sonoro em caráter contínuo, em português, inglês, espanhol e em mandarim (chinês), e rigorosamente nos horários de embarques e desembarques, e por fim, uma linha de contato direta da Infraero com a Agevisa, nos mesmos termos do acordo firmado com a Anvisa para este fim.

O coordenador da Agevisa explicou que são muitas as propostas apresentadas na segunda reunião, realizada na sede do MPE, em que ficou acordado, entre outras medidas, a definição de centros de internação Hospital Cosme e Damião, para pacientes com até 12 anos, e Cemetron, em Porto Velho, além da rede hospitalar municipal, no interior, para todos os casos, com o suporte dos hospitais Come e Damião e Cemetron, quando for constatada a necessidade de tratamento intensivo (UTI). Também ficou acertado que a Agevisa, Laboratório Central do Estado (Lacen) e Cemetron desenvolvam um programa para capacitar médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, inclusive para o trabalho de coleta de amostras, programa de será ampliado para atender a rede hospitalar privada.

Por fim, entre outras providências anunciadas por Sid Orleans, estão importantes medidas de vigilância e fiscalização das fronteiras, especialmente em Guajará Mirim, com o apoio do Neifro/Sepog, e uma ampla campanha de informação e orientação na TV e no rádio, com banners, outdoor, etc, com a assinatura da Superintendência Estadual de Comunicação (Secom), de modo a atingir em especial as áreas dos portos de Guajará Mirim, Pimenteiras e Costa Marques, com informações acessíveis e precisas para orientar e fortalecer o controle das entradas e saídas nessa região de fronteira.

Ele disse ainda que o estado de Rondônia está aguardando um aporte de insumos do Ministério da Saúde, como máscaras, gorros, capuz, aparelhos e instrumentos coletores de secreções para proteção dos profissionais de saúde. A previsão do coordenador da Agevisa é de que haja um aumento do número de membros do comitê para reforçar o trabalho de controle e vigilância, e já espera para a próxima reunião que se confirme a adesão de outras instituições.

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