Escultor cria parque dos dinossauros na propriedade onde mora: ‘Materializar o imaginário’

Jonas Correa, de 55 anos, exibe as peças fabricadas no ateliê montado na casa dele, em Quatro Barras, na Região de Curitiba; visitação é gratuita.

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A propriedade onde fica a casa e o ateliê do escultor Jonas Lima Corrêa Neto, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, é conhecida pelas peças realistas que transformam o local em um parque dos dinossauros.

São mais de 20 peças, entre dinossauros de tamanhos variados e fósseis feitos pelo artista plástico.

A ideia, segundo ele, começou a sair do papel há três anos, quando recebeu uma encomenda para fazer uma obra que resgatou a criança apaixonada por dinossauros, que Jonas afirma sempre ter sido.

“Desde criança eu sempre gostei de dinossauros, mitologia, ficção. Sempre gostei. Aqui, eu fui ocupando os espaços. A arte me dá um alcance muito grande, o poder de materializar o imaginário”, contou o escultor.

O escultor, nascido em Pinhalão, no Norte Pioneiro do estado, conta que, ainda quando era menino, já gostava de esculpir dinossauros com argila, como brincadeira.

“A gente cavava poço, quando chegava na argila, separava para brincar. Aí, queimava, fazia cerâmica. Com o tempo eu cresci e passei a fazer outros tipos de esculturas”, disse.

As peças ficam expostas na propriedade e na rua onde o escultor mora e trabalha. Para visitar, não é necessário agendamento, e a entrada é de graça.

“A gente não cobra. A gente convida o pessoal a trazer doações. Desde quando abriu, já arrecadamos vinte toneladas de alimento. Tem gente que traz bastante coisa”, ressaltou o artista.

Pesquisa

Curioso pelo tema, o escultor conta que pesquisa sobre dinossauros em livros, na internet e em conversas com estudiosos para entender mais e conseguir retratar as espécies em detalhes. Segundo ele, “o resto é curiosidade”.

“A curiosidade que leva você a aprofundar os estudos. Na arte, não precisa ter atestado, diploma, mas a gente corre atrás”, disse ele.

As esculturas de Jonas são exibidas em eventos e locais de entretenimento e arte, que geram a remuneração do artista pelo trabalho. Segundo ele, a retirada e o transporte das peças para as ações são feitos com muito esforço, com auxílio de caminhões.

Jonas conta que os dinossauros produzidos por ele já foram contratados para eventos em outros estados, como na Bahia, em São Paulo e em Santa Catarina.

Interação com as obras

Na exposição em Quatro Barras, crianças e adultos podem interagir com as esculturas. O artista conta que, ao produzir as peças, já planeja o uso de materiais que possam resistir ao toque dos visitantes.

Alguns dinossauros, segundo Jonas, são feitos para que pessoas de qualquer idade possam escalar e fazer uma foto.

“Não deixo nada que possa machucar, nenhuma ponta, e sempre calculo bem o equilíbrio. Os dentes dos dinossauros, eu tento não afiar muito, para não ter perigo. Eu era uma criança que ia em museus e não gostava de vidros nas peças. Eu queria ver, encostar nas esculturas”, comentou o artista.

O passeio pela coleção de dinossauros dura em torno de quarenta minutos e, em um trecho, os visitantes podem descobrir réplicas de fósseis parcialmente enterradas, simulando um trabalho de paleontologia.

Serviço:

  • Local: Rua Valentin Andreatta, 790, Borda do Campo, Quatro Barras;
  • Horário de atendimento: todos os dias, das 9h às 20h;
  • Entrada gratuita (sugere-se levar alimentos não-perecíveis para doação).

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