Chegou a 12, nesta segunda-feira (16), o número de pessoas que participaram da viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, há uma semana, e agora estão com coronavírus.
O caso mais recente é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Ele não viajou no avião presidencial, mas se encontrou com Bolsonaro e outras autoridades em eventos em Miami.
De acordo com a assessoria da confederação, Andrade ficará em quarentena e, por enquanto, ainda não apresentou qualquer sintoma da Covid-19 – doença causada pelo coronavírus.
Além de Robson Andrade, outras cinco autoridades que participaram dos eventos foram infectados pelo vírus:
- o senador Nelsinho Trad (PSD-MS);
- o encarregado de negócios do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, e
- o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten.
- o secretário Especial Adjunto de Comunicação Social da Presidência, Samy Libermam – “número dois” de Wajngarten na pasta;
- e o prefeito de Miami, Francis Suarez.
A lista é composta, ainda, por dois auxiliares de Bolsonaro em assuntos partidários e pessoais:
- o publicitário Sérgio Lima, que trabalha com a família Bolsonaro na criação do partido Aliança pelo Brasil, e
- a advogada de Jair Bolsonaro, Karina Kufa.
No domingo, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) também confirmou resultados positivos para quatro integrantes da “equipe de apoio” da viagem. Segundo o GSI, toda essa equipe – seguranças, assessores de comunicação e de cerimonial, por exemplo – já tinha “optado por um regime de auto-isolamento” desde a chegada ao Brasil.
“Dentro desse grupo, quatro indivíduos apresentaram resultado positivo, porém todos eles estão com um quadro de saúde ainda assintomático. Dessa forma, cumprirão em suas residências o isolamento recomendado de 14 dias”, informou o GSI em nota.
Bolsonaro sem vírus
O teste de Jair Bolsonaro deu negativo, mas o Ministério da Saúde recomendou que o exame seja refeito na próxima semana. Enquanto isso, a recomendação é para que Bolsonaro siga em “monitoramento”.
Neste domingo, Bolsonaro quebrou a recomendação de cautela e participou de um ato a favor do governo e com críticas ao Judiciário e ao Legislativo. Ele chegou a apertar a mão de apoiadores em frente ao Palácio do Planalto.