Pandemia de coronavírus ‘acelera’ com 100 mil novos casos em 4 dias e soma 300 mil infectados em quase todos os países, diz OMS

Organização Mundial da Saúde reforçou a necessidade de testes em massa em todo o mundo, principalmente nos próximos dias.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (23) que nos últimos 4 dias os novos casos de coronavírus subiu em 100 mil, levando o total de pessoas infectadas a mais de 300 mil em quase todos os países do mundo.

“A pandemia está acelerando”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, informando que o vírus está em circulação em”quase todos os países do globo terrestre.”

Para comparar a velocidade que a pandemia ganhou nos últimos dias, a OMS informou que o número de casos de Covid-19 atingiu a marca de 100 mil em 67 dias – mas levou apenas 11 dias para dobrar e atingir 200 mil casos e outros quatro dias para chegar a 300 mil casos.

O diretor geral da OMS voltou a reforçar a necessidade de os países testarem “todos os casos suspeitos de Covid-19, isolando e cuidando de casos confirmados e rastreando e colocando em quarentena todos os contatos próximos.”

O diretor executivo da OMS, Michael Ryan, também advertiu a importância da testagem em massa. “Testes são importantes agora e ficarão mais importantes nas próximas semanas.”

A diretora técnica, Maria van Kerkhove, afirmou que os testes precisam ser feitos de forma rápida “e mais laboratórios precisam estar disponíveis para fazê-los.”

Tedros também afirmou que a solução para conter a pandemia requer “coordenação política em nível mundial”. Ele afirmou que vai conversar com chefes de estado dos países do G-20.

“Pedirei que trabalhem juntos para aumentar a produção, evitar proibições de exportação e garantir a equidade da distribuição [de equipamentos, testes e remédios] com base na necessidade [de cada país]”, afirmou Tedros.

Profissionais da saúde infectados

Ainda durante a coletiva desta segunda, a OMS alertou para o aumento de infecção entre os profissionais de saúde que estão na linha de frente.

“Mesmo se fizermos tudo certo, se não priorizarmos proteger os profissionais de saúde, muitas pessoas morrerão porque o profissional que poderia ter salvo sua vida, estará doente”, alertou Tedros, reforçando que os profissionais necessitam de equipamentos de segurança adequados contra a infecção.

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