Em tempos de isolamento social devido ao novo coronavírus (Covid-19), alguns rondonienses têm formado uma “corrente do bem” para oferecer ajuda durante a pandemia. O objetivo é diminuir a quantidade de pessoas nas ruas, e evitar a propagação do contágio.
O advogado Wellington Franco, por exemplo, mora com a avó, de 72 anos, em Porto Velho. Franco confessa que o período de quarentena não tem sido fácil, principalmente para ela.
Mas ao notar que atividades simples, como ir ao mercado, panificadora ou a farmácia, não são mais viáveis ao grupo de risco neste momento, Wellington resolveu oferecer ajuda pelas redes sociais.
“Tudo o que fazemos volta para nós. Para receber boas coisas depende de nossas ações. Eu tenho uma idosa na minha família que fica desesperada com tudo isso. Então pensei: e os outros idosos que não podem ir fazer suas compras? Ou os doentes crônicos? Me coloquei no lugar deles”, diz o advogado.
“Hoje eu sou jovem, mas amanhã serei um idoso. Essa é a minha hora de ajudar”.
Moradora de Cacoal (RO), Angelina Araújo também usou as redes sociais como meio de auxílio aos que fazem parte do grupo de risco.
“Acredito que se nós fizermos a nossa parte, os grupos de proporção menor de risco, tivermos mais consciência em relação aos grupos de risco, talvez amenizaria o contágio em Rondônia”, reforça Angelina.
“É necessário ter mais solidariedade uns com os outros”.
Por meio de um grupo de WhatsApp do condomínio, Irma Fonseca e Nilda Silva disponibilizaram mais de 20 e-books com histórias infantis. Para Irma, a leitura é uma eficaz ferramenta contra a sensação de perda de tempo.
“É um momento pra relaxar e também crescer intelectualmente. As crianças aprendem muito com os livros. Se divertem com as histórias e têm a chance de, após a leitura, brincar imitando ou recriando os personagens. São muitas oportunidades através dos livros”, explica.
Nilda ressalta a importância de manter a mente ocupada durante a (necessária) quarentena. “Acho interessante as pessoas aproveitarem esse tempo de quarentena para ler e, assim, esquecermos de notícias tão ruins que podem trazer mais insegurança, ansiedade”, opina.