Governador de MT defende equilíbrio entre cuidados contra o coronavírus e manutenção da economia: precisamos salvar vidas sem arruinar vidas

Mauro Mendes disse ainda que é preciso ter cuidado ao tomar medidas radicais.

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Em reunião com governadores de todo o país nesta quarta-feira (25), Mauro Mendes (DEM), governador de Mato Grosso, defendeu o equilíbrio para conter a pandemia de coronavírus e, ao mesmo tempo, afetar o menos possível a economia do estado.

“Aqui em Mato Grosso estamos buscando exatamente isso, o equilíbrio. Nós tomamos várias medidas restritivas para coibir aglomerações, eventos de qualquer natureza e tudo o que pudermos evitar para restringir a circulação das pessoas. Porém, não determinamos restrições às atividades econômicas, do comércio, indústria, das principais atividades da cadeia de produção”.

Ele disse ainda que é preciso ter cuidado ao tomar medidas radicais.

“Precisamos salvar vidas sem arruinar vidas. Temos que organizar as medidas por critérios técnicos para evitar que os governadores e prefeitos tomem medidas muito acima daquilo que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde. Sem isso, o impacto econômico será imensurável para todos os brasileiros”.

Com nove casos de coronavírus confirmados no estado, as primeiras medidas preventivas para conter o avanço do COVID-19 foram publicadas em decreto, atualizado quase que diariamente. Sobre prioridades e especificidades, o governador Mauro Mendes foi criterioso.

“Não podemos tomar as mesmas medidas de São Paulo porque temos em Mato Grosso 13 vezes menos população em uma área três vezes maior que São Paulo. Como vão ficar as micro e pequenas empresas deste país? Mais de 60% das empresas correspondem a elas [micro e pequenas]. Se entre 20% e 30% das empresas quebrarem, aproximadamente 1/3 dos brasileiros vão ficar sem emprego. Vai aumentar a violência, problemas sociais, saques, vai ficar caótica a situação”, alertou.

Ainda sobre as consequências de uma grave crise econômica iminente, o governador Mauro Mendes lança suas atenções para a classe trabalhadora.

“Como que as diaristas, os ambulantes vão sobreviver se a economia parar? De acordo com os dados científicos, isso vai durar muito mais. Neste momento, todos nós e o Congresso Nacional temos que ter serenidade para enfrentar a crise da Saúde e, consequentemente, a maior crise econômica deste país. E a maior crise política também, porque quando começar a faltar dinheiro e as pessoas começam a passar fome, ninguém segura o povo”, disse.

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