A Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), anunciou na semana passada a habilitação de 11 plantas frigoríficas em nove estados para exportação para a China. “É uma demanda antiga da atividade. Com a habilitação, temos a oportunidade real de enviar nossos produtos para um grande mercado consumidor, que tem sido o principal destino das exportações brasileiras”, avalia Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR.
As empresas habilitadas para exportação de tilápia para a China são Copacol (PR), Netuno (BA), Trutas NR (MG), Vitalmar (SC), Global Food (SP), C.Vale (PR), Zaltana (RO), Frigopesca (MT), Lakes Fish (GO), Pescado DuVale (RO) e Bem Bom Pescados (GO).
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Porto Velho, Luiz Cláudio, a abertura da via de exportação dos frigoríficos Zaltana e Pescado Duvale, de Rondônia, abre novas perspectivas para a atividade em todo o Estado, já que os exportadores precisarão de matéria prima para atender a demanda chinesa, sem falar que o consumo interno também é bastante grande.
“A política agrícola do prefeito Hildon Chaves tem incentivado, através da Semagric, a expansão da atividade e agora vamos criar mecanismos ainda mais eficientes para organizar a cadeia produtiva de peixes, investindo em tecnologia, boas práticas de manejo para qualificar produtores e reduzir custos de produção, aproveitando a oportunidade para exportação”, disse Luiz Cláudio.
Dentre as providências a serem tomadas para aproveitar a oportunidade, a gestão Hildon Chaves vai apoiar a política de pesquisa e desenvolvimento, principalmente para aproveitar o potencial das espécies nativas, como o pirarucu, na questão da alimentação e do tambaqui, na segurança sanitária, além de promover a utilização do maior potencial de águas públicas do país, que são os lagos das usinas, os quais já estão autorizados pela agência nacional das águas.
O município de Porto Velho, tem 166 produtores licenciados pela Sedam e mais 80 pequenos produtores que foram incentivados e licenciados pela Sema, com cerca de 1.200 hectares de tanques, estando entre os quatro municípios maiores produtores. Todavia, pelos gargalos logísticos de mercado, somente 30% estão ativos, o qual exigem apoio para a retomada e que será feito nos próximos meses, explicou Luiz Cláudio da Agricultura.