Conforme o boletim, a FVS-AM contabiliza 379 casos de Covid-19 entre profissionais de saúde das redes pública e privada, como técnicos de enfermagem (154), enfermeiros (68) e médicos (55). Do total de casos confirmados, 217 estão em isolamento domiciliar, 140 estão fora do período de transmissão e 13 estão internados (11 em leitos clínicos e 2 em UTI). Há o registro de nove óbitos, sendo três médicos, quatro técnicos de enfermagem, um gestor e um profissional de outra categoria.
Internações por Covid-19 no AM
Entre os casos confirmados de Covid-19, há 167 pacientes internados, sendo 78 em leitos clínicos (31 na rede privada e 47 na rede pública) e 89 em UTI (31 na rede privada e 58 na rede pública). Há ainda outros 536 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 396 estão em leitos clínicos (132 na rede privada e 264 na rede pública) e 140 estão em UTI (38 na rede privada e 102 na rede pública).
Com quase 90% de leitos para Covid-19 ocupados, o estado vive uma corrida para evitar colapso no sistema de saúde. Em uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (16), o Governo do Amazonas admitiu que o sistema de saúde do estado já apresentava insuficiência da capacidade de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) antes da pandemia da Covid-19.
Neste sábado (18), em meio a um impasse judicial, o Hospital de Retaguarda da Nilton Lins foi aberto e passa a ser referência para atendimento de pacientes do novo coronavírus. O Governo do Amazonas informou que Hospital de Retaguarda iniciou as atividades com 50 leitos clínicos e 16 de UTI, e que busca insumos e recursos humanos para alcançar a capacidade máxima da unidade, de 400 leitos.
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) constatou, em inspeção, que a unidade recém-inaugurado apresenta falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), medicamentos e equipamentos para a estruturação integral dos leitos de UTI. A Justiça do Amazonas já havia acatado uma ação civil pública, na quinta-feira (16), proposta pelo Ministério Público do Estado para que uma série de medidas seja tomada no combate ao avanço da disseminação do novo coronavírus.
Entre elas, o funcionamento integral do Hospital Delphina Aziz, a contratação de leitos existentes no Hospital Universitário Getúlio Vargas e do Hospital Beneficente Portuguesa e a retirada de pacientes que estão sem assistência adequada nos prontos-socorros do estado.
Na noite de quarta-feira (15), o governador Wilson Lima anunciou a abertura de 45 novos leitos (25 de UTI e 20 clínicos) no Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, que é referência para os casos de Covid-19 no estado. Com isso, o hospital passa a operar com 100 leitos de UTI disponíveis para pacientes com o novo coronavírus.
O período de estado de calamidade pública no Amazonas foi prorrogado por mais 180 dias em virtude do aumento no número de casos de contaminação por coronavírus na região.
O governo informou que a carga de insumos para 15 mil testes do novo coronavírus, recebida neste sábado (18), será usada pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM). O reforço adquirido garante o abastecimento de insumos para a realização de 5 mil exames.
Além disso, nesta sexta-feira (17), a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) recebeu 14.380 testes rápidos para confirmação de casos do novo coronavírus (Covid-19). Os testes são destinados aos grupos mais expostos à contaminação, como os profissionais de saúde e os militares, essenciais no combate ao novo coronavírus.
O Governo do Amazonas também informou que concluiu, neste sábado (18), o Processo Seletivo (PSS) da Susam para a contratação temporária, por 90 dias, de 704 técnicos de enfermagem. O PSS foi realizado entre os dias 16 a 17 de abril. A secretária de saúde do Estado, Simone Papaiz, já havia declarado que a falta de recursos humanos era um dos principais entraves no aumento de leitos disponibilizados no sistema de saúde.