Para reforçar o atendimento a pacientes com Covid-19 no Amazonas, o Ministério da Saúde anunciou que 581 profissionais de saúde chegam a Manaus neste domingo (3). O anúncio foi feito nessa quinta-feira (30), em Brasília, pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério, Mayra Pinheiro. Até esta sexta-feira (1), o Amazonas registra mais de 5,7 mil casos confirmados do novo coronavírus e mais de 470 mortes, de acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM).
A capital amazonense será a primeira cidade do estado a receber os novos profissionais enviados pelo Governo Federal. As próximas cidades do Amazonas são Tabatinga, Itacoatiara e Manacapuru. No interior do estado, há mais de 2 mil casos confirmados do novo coronavírus.
Segundo a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério, Mayra Pinheiro, o objetivo é que esses profissionais contribuam na abertura de novos leitos, tanto dos hospitais de campanha quanto dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A secretária de saúde do Amazonas, Simone Papaiz, diagnosticada com a Covid-19, já havia declarado que o estado não podia abrir novos leitos por conta da falta de profissionais.
“Manaus será a primeira cidade do Amazonas a receber o programa completo de equipe. Nós estaremos levando 581 profissionais para que a gente possa garantir o funcionamento imediato dos leitos de UTI. Esses profissionais passarão por um treinamento no próprio estado, eles farão todo o treinamento de suporte básico e avançado de vida”, disse a secretária.
Todos os 581 profissionais serão contratados por um período de até seis meses. Eles aderiram voluntariamente ao programa “O Brasil Conta Comigo” e vão receber salário, terão alojamento, alimentação, transporte e seguro saúde. Esses profissionais também já realizaram o curso online de protocolos de manejo clínico do coronavírus.
Desde a segunda quinzena de março, 30 profissionais da saúde já foram enviados pelo Ministério da Saúde a Manaus, para atuar no combate ao novo coronavírus no estado. Os últimos profissionais que chegaram no estado atuam no Hospital Delphina Aziz, referência no tratamento da doença na capital e que havia atingido a capacidade máxima operacional, no início de abril.
A pandemia de Covid-19 deixa o Amazonas em um dos piores cenários do país, com colapso no sistema público de saúde e, também, no sistema funerário. Dos mais de 5,7 mil casos confirmados no Amazonas, 3,4 mil são de Manaus (61%) e 2,2 mil do interior do estado (39%).