Bolsonaro a apoiadores: ‘Brasil não está em crise por causa dos R$ 600’

O presidente também disse que o País já conta com cerca de 10 milhões de desempregados formais, porém não citou a origem da estimativa

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 7, para apoiadores, que o Brasil “ainda não está em crise” por conta do auxílio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo. O presidente também disse que o País já conta com cerca de 10 milhões de desempregados formais, porém não citou a origem da estimativa.

“O Brasil não está em crise ainda por causa dos R$ 600”, disse para populares na saída do Palácio da Alvorada. E acrescentou: “Eu já estou vendo matéria na imprensa, nessa imprensa aí, dizendo sobre desemprego. Vão dizer que eu sou o responsável pelo desemprego”.

Antes, uma apoiadora pediu o fim de medidas de restrição adotadas por governadores, citando “aval” do Supremo Tribunal Federal (STF). “A senhora falou ‘aval do STF’. É verdade. Mas eu não posso passar por cima do Supremo. Inclusive, aumentando as medidas protetivas. Pessoal, já está na casa dos 10 milhões de desempregados no Brasil formais”, declarou.

Em 15 de abril, o STF decidiu que Estados e municípios tinham autonomia para executar as medidas necessárias para conter o avanço do novo coronavírus, como determinar o distanciamento social.

O presidente foi ainda cobrado por uma outra apoiadora que perguntou quando ele pretendia apresentar provas sobre uma possível fraude das eleições de 2018. “Quando o senhor vai apresentar as provas da fraude eleitoral?”, questionou a mulher.

“A senhora é jornalista?”, indagou Bolsonaro, em resposta. Em março, durante viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou ter provas em mãos que ele teria sido eleito no primeiro turno em 2018.

Na segunda-feira (4) o juiz José Vidal Silva Neto, da 4ª Vara Federal do Ceará, determinou que o presidente deve se manifestar em até cinco dias na ação civil pública que cobra a apresentação das supostas provas de fraude nas eleições. O despacho foi deferido no processo apresentado pelo deputado federal Célio Studart (PV-CE).

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