No Amazonas, 1.958 profissionais que atuam no combate à Covid-19 testaram positivo para o novo coronavírus, de acordo com dados do Governo do estado. Quinze morreram. Dentro dos hospitais, há relatos de sobrecarga de trabalho e falta de proteção individual. Um enfermeiro classificou a situação com desumana ao relatar que um profissional chega a atender até 25 pacientes em uma unidade de saúde de Manaus.
Em todo o estado, o número de pessoas contaminadas passa de 12 mil são mais de 1 mil mortes até a última atualização, divulgada nesta segunda-feira (12).
De acordo com o Governo, os 1.958 profissionais infectados representa 8,5% dos 23.176 profissionais de saúde da capital na rede pública e privada.
Com relação às mortes, o número contabiliza, até o momento, uma letalidade 0,7%. Entre eles: 3 médicos, 1 enfermeiro, 8 técnicos de enfermagem.
Médicos, enfermeiros, técnicos e fisioterapeutas estão entre profissionais que atuam na linha de frente no combate à Covid-19. Alguns relatam falta de estrutura e sobrecarga de trabalho dentro dos hospitais.
Um enfermeiro, que não quis ser identificado, relatou à Rede Amazônica as dificuldades do trabalho no maior hospital público do Amazonas, o 28 de Agosto.
“Você ver pessoas morrer, deixar corpos no meio de vivos, ou ter que reanimar pacientes no meio de vivos não é muito agradável para o teu aparelho psíquico.(…)”, afirmou.
Ela completa: “Um profissional ficava responsável a nível técnico por doze, quinze, às vezes até 25 pacientes, um profissional dá conta disso tudo com qualidade, é insuficiente, é desumano”.
A alta demanda de casos da Covid-19, junto à outras enfermidades, tem sobrecarregado a rede de saúde, que conta, hoje, com 23.176 profissionais em atividade entre a rede privada e da particular.
Atualmente, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 89%.
O Governo do Amazonas afirmou que nomeou 656 profissionais de saúde aprovados em processo seletivo. Convocou ainda profissionais de saúde do Corpo de Bombeiros e conta com o apoio de 267 profissionais do programa Conta Comigo do Governo Federal.
Sobre a falta de equipamentos de proteção individual, o governo afirmou que abastece regularmente as unidades de saúde, com equipamentos de proteção individual.