Mais de 36 mil casos do novo coronavírus foram notificados no Amazonas desde o início da pandemia até esta quinta-feira (14), segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). O número de casos confirmados no estado chegou a 17.181, com 1.235 mortes registradas.
Desde o primeiro caso confirmado do novo coronavírus no Amazonas, em 13 de março, os casos da doença só aumentam. As 36.118 notificações do novo coronavírus foram registradas em 59 municípios do interior, incluindo a capital.
Do total de notificados, até o momento, 17.181 foram confirmados em laboratório e 136 receberam confirmação clínico epidemiológica – que são os casos de pessoas que tiveram contato com alguém infectado, apresentaram sintomas, leves, e passaram a ser considerados positivos.
Cristiano Ferdandes, diretor técnico da FVS-AM, explicou que os dados são coletados em todas as localidades.
“Nós precisamos qualificar essas informações. Comparar os bancos, as diferentes fontes, para que a gente chegue em um denominador comum. Ou seja, qualificar os casos, principalmente em razão ao aumento de casos no interior do Estado, uma vez que as informações que são subsidiadas pela FVS-AM serve pra tomada de decisões pelos gestores locais. Tanto para o gestor do Estado, quando pra gestão municipal”, explicou.
Coronavírus no Amazonas
O total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no estado chegou a mais de 17 mil, nesta quinta-feira (14). Além disso, foram 75 novas mortes registradas pela doença, com o total de 1.235 óbitos.
Nos últimos dias, o estado registrou números recordes desde o início da pandemia. No dia 5 de maio, o estado registrou o maior número de mortes em um único dia por Covid-19. Quatro dias depois, um novo recorde: 1.198 novos casos confirmados do novo coronavírus no mesmo dia. Na terça, o salto foi de 1.249, o maior desde o início da pandemia.
O Governo do Amazonas diz que que o aumento no número de casos novos é reflexo da ampliação da rede de diagnóstico e do aumento da testagem.
Sistema de saúde perto do colapso
Os crescentes números de pessoas infectadas pela Covid-19 superlotaram as unidades de saúde de Manaus e colocaram o sistema de saúde perto de um colapso. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), até as 13h desta quarta (13), a taxa de ocupação de leitos de UTI estava em 86%, mas já chegou a 98%.
O número de mortes também mantém tendência de crescimento. Já são mais de 1 mil, até esta quinta-feira.
A implantação de contêineres frigoríficos foi uma medida adotada para comportar os corpos de vítimas de Covid-19 em hospitais de Manaus, após a repercussão de um vídeo que mostra corpos posicionados ao lado de pacientes internados no Hospital João Lúcio, na Zona Leste de Manaus.
A quantidade de enterros saltou de uma média de 30 para 100 ao dia e, afetou, também, o sistema funerário da capital. No domingo, 26 de abril, Manaus registrou novo recorde no número de sepultamentos. Foram 140, além de duas cremações.
A maioria dos sepultamentos é feita no cemitério Nossa Senhora Aparecida, bairro Tarumã, que recebeu contêineres frigoríficos para armazenar corpos. Foi lá também que a prefeitura abriu valas comuns para conseguir suprir a demanda de enterros.
O empilhamento de caixões também chegou a ser adotado no Cemitério de Aparecida, mas foi cancelado depois de protesto de familiares.