Quase quatro meses depois do primeiro caso de infecção por coronavírus ter sido confirmado no Brasil, em 26 de fevereiro, o país deve romper a marca de 1 milhão de contaminados nesta sexta-feira, 19.
No último balanço, divulgado às 20 horas de ontem pelo consórcio de imprensa, que reúne UOL, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra, eram exatos 983.359 casos confirmados e 47.869 mortes.
Desde o começo do mês, o país tem uma média de registros de casos diários superior a 25 mil. Tudo indica também que neste fim de semana supere outra marca, a dos 50 mil óbitos.
É o segundo país com mais infecções e mortes pelo vírus SARS-CoV-2 em todo o mundo. Só está atrás dos Estados Unidos, que contabiliza 2,1 milhões de casos e mais de 117 mil mortes, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês).
A diferença é que nos Estados Unidos a velocidade de progressão da doença foi mais rápida. A marca do 1 milhão foi atingida em 28 de abril, três meses a confirmação do primeiro caso no país.
Naquele momento, cerca de 90% da população americana estava sob lockdown. Um mês depois, já com o avanço das medidas de reabertura da economia, o país passou os 2 milhões de casos confirmados. Muitas regiões do Brasil, como se sabe, estão em plena reabertura.
Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 18, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia, disse que o número de casos caminha para uma estabilização.
“Quando a gente olha o número de casos por semana epidemiológica, estamos entrando em um platô, de estabilidade”, afirmou.
De acordo com o Ministério da Saúde, na 24ª semana (estamos na 25ª) foram registrados 177.668 casos, na anterior, 174.406.
Na quarta-feira, 17, o diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, disse que há sinais de estabilização da pandemia no Brasil, mas que ainda é preciso de cautela.
“Já vimos isso acontecer antes. Pode haver sinais de estabilização por uns dias e a doença voltar a decolar”, disse.
Vale lembrar, que em meio à crise sanitária, o Brasil está há 35 dias sem um ministro da Saúde. Desde a saída de Nelson Teich, no dia 15 de maio, Eduardo Pazuello assumiu interinamente. Não foi por acaso que o país atingiu o número de 1 milhão de casos.