O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (9) que o projeto das fake news nem foi aprovado e “já deu resultados” ao mencionar ação do Facebook que derrubou redes de contas falsas no Brasil e em outros países.
No país, as contas e páginas removidas eram ligadas ao Partido Social Liberal (PSL) e a gabinetes da família Bolsonaro, que, segundo o Facebook, estavam envolvidas com a criação de perfis falsos.
A operação se deu em meio a um intenso debate sobre o papel das plataformas em relação ao conteúdo veiculado em suas redes.
No fim de junho, o Senado aprovou um projeto com medidas para combater a disseminação de conteúdo falso na internet. O texto agora está na Câmara.
“Essa é uma lei que não está nem aprovada e já deu resultados. Ontem, o Facebook fez uma operação não apenas no Brasil, mas em outros países. Você vê como, quando a gente discute de forma correta, independente[mente] se o texto é bom ou se o texto pode ser aprimorado, como é que a discussão de uma matéria que está preocupando a tantos brasileiros, como é que ela já pode dar resultados, onde as próprias plataformas começam a ver que têm responsabilidade, sim, sobre aquilo que acontece no seu mundo”, afirmou Maia em uma transmissão ao vivo promovida por um banco.
Segundo o presidente da Câmara, na próxima segunda-feira (13) será realizada a primeira reunião entre deputados para ouvir especialistas no tema, mas ele destacou não haver pressa em aprovar um projeto.
“Na segunda[-feira], a gente começa com uma reunião. Vamos trazer vários atores para discutir, para que no prazo, com a urgência necessária, sem pressa, porque a pressa acaba atrapalhando o bom texto. Então, nós temos urgência, mas nós não temos a pressa de votar amanhã, de votar depois de amanhã”, afirmou.
Maia disse ainda que espera que o texto a ser aprovado pela Câmara possa servir de referência para outros países.
“Nós temos já um debate iniciado no Senado que vai ser complementado pela Câmara e vai se aprovar, espero eu, um bom texto, que espero inclusive que possa ser referência para outras democracias que sofrem com o mesmo tipo de ataques das fake news”, declarou.