‘Não estava esperando, ela me deu um tapa na cara’, diz motorista agredido por pedir que passageira usasse máscara em BH

Uso de máscaras é obrigatório na capital mineira desde 22 de abril. Veja a entrevista do motorista de ônibus ao programa 'Encontro com Fátima Bernardes'.

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Renato Evangelista dos Santos, de 46 anos, foi agredido durante o trabalho em Belo Horizonte. Segundo o motorista de ônibus, após se negar a transportar três passageiros que estavam sem máscara no veículo que já estava cheio, ele levou um tapa na cara de uma mulher.

O depoimento foi dado em uma entrevista no programa Encontro com Fátima Bernardes na manhã desta terça-feira (21).

Santos estava trabalhando em uma linha de ônibus para a região hospitalar, que normalmente não faz, e, ao parar em um ponto, três passageiros sem máscara pediram para entrar e ele se negou a recebê-los. De acordo com o motorista, o veículo já estava cheio e os três alegaram não ter o equipamento de segurança. O uso de máscaras é obrigatório em Belo Horizonte desde 22 de abril.

Após a negativa, os passageiros que estavam no ônibus começaram a ofender Santos. Ele tentou explicar que isso colocaria a vida de todos em risco, mas não resolveu. Logo em seguida, algumas pessoas quiseram descer do ônibus fora do ponto. O motorista disse que não podia e as ofensas continuaram. Ao chegar à estação final, uma mulher desceu por último e o agrediu.

“Por incrível que pareça a menina foi a última descer. Na hora hora que ela foi descer, eu não tava preparado, não estava esperando, ela me deu um tapa na cara. E falou que ia me esperar na volta ainda”, contou.
Motorista de ônibus Renato Evangelista dos Santos dá entrevista ao programa 'Encontro com Fátima Bernardes' para falar sobre agressão. — Foto: TV Globo / Reprodução

Motorista de ônibus Renato Evangelista dos Santos dá entrevista ao programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’ para falar sobre agressão. — Foto: TV Globo / Reprodução

Santos disse que tem uma mãe de 65 anos, que é do grupo de risco, e também tem filhos e se preocupa com a saúde deles.

“Se a gente tem essa segurança dentro do ônibus ou qualquer repartimento público, a gente volta pra casa com mais segurança e consegue deixar a família da gente em casa com segurança também”.

Ele reforçou que o trocador também faz falta nessas horas e que, sem essa ajuda, ele acaba tendo que resolver tudo sozinho.

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