O número de casos do novo coronavírus superaram os 18 milhões em todo o mundo neste domingo (2), enquanto a pandemia continua seu avanço, mais da metade deles em Estados Unidos e América Latina e Caribe.
Pelo menos 18.011.763 casos, dos quais 687.941 óbitos, foram declarados, sobretudo nos Estados Unidos, o país mais afetado do mundo pela pandemia, com 4.665.002 contágios e 154.834 óbitos, o Brasil (2.733.677 casos, 94.104 mortes) e a Índia (1.750.723 casos e 37.364 mortes).
Seis meses depois de a Organização Mundial da Saúde declarar a emergência sanitária global, o vírus matou mais de 687.000 pessoas desde que surgiu na China no final do ano passado, segundo uma contagem feita pela AFP, com base em fontes oficiais.
Novos casos foram registrados em países que já tinham controlado seus surtos, forçando governos a reimpor medidas de ‘lockdown’, apesar das preocupações com os novos efeitos para a economia.
O estado de Victoria, na Austrália, impôs novas restrições no domingo, incluindo um toque de recolher em Melbourne pelas próximas seis semanas, com a proibição de celebrações de casamentos e uma ordem para que escolas e universidades voltem às aulas on-line nos próximos dias.
Apesar do ‘lockdown’, Melbourne continuou a registrar centenas de novos casos diários, mesmo que outros estados australianos não tenham registrado casos ou um pequeno número deles.
Outras regiões do mundo lutam para conter surtos maiores.
As autoridades de saúde da África do Sul, onde um crescimento dos contágios era esperado depois da suspensão gradual de medidas restritivas, reportaram que as infecções excederam a marca de meio milhão.
O país é de longe o mais afetado pela pandemia na África, respondendo por mais da metade das infecções diagnosticadas, embora o presidente Cyril Ramaphosa diga que a taxa de letalidade é menor do que a média mundial.
A América Latina e o Caribe passaram neste domingo dos 200 mil mortos, quase três quartos em Brasil e México.
O México superou o Reino Unido e se tornou o terceiro país mais castigado pelo vírus, depois de Brasil e Estados Unidos, com mais de 46.600 óbitos.
Os Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, registrou 47.508 casos e 515 mortes em 24 horas neste domingo, segundo cifras da Universidade Johns Hopkins, referência no acompanhamento da pandemia.
No Oriente Médio, o Irã registrou seu maior número de contágios diários em quase um mês, alertando que a maior parte de suas províncias foi atingida por recidivas da doença.
Com os números de contágios e óbitos em ascensão, a agência sanitária da ONU informou que a pandemia do novo coronavírus será prolongada.
– Corrida por uma vacina –
A pandemia motivou a corrida por uma vacina, com várias empresas chinesas na linha de frente, enquanto a Rússia estabeleceu o mês de setembro para lançar seu imunizante.
No entanto, o infectologista americano Anthony Fauci disse ser improvável que os Estados Unidos vão usar quaisquer vacinas desenvolvidas pelos dois países.
O governo americano pagará às gigantes farmacêuticas Sanofi e GSK até US$ 2,1 bilhões para desenvolver uma vacina contra a COVID-19, anunciaram as duas empresas.
Na Europa, onde muitos países contavam que seus surtos estivessem sob controle, a Noruega registrou seu primeiro óbito em duas semanas e a Suíça reportou que o número de casos do país voltou a subir.
Apesar das recidivas, a Europa tem visto protestos contra as medidas de contenção à COVID-19.
Milhares se manifestaram em Berlim durante o fim de semana, urgindo um “dia da liberdade” das restrições, enquanto alguns manifestantes se referiram à pandemia como “a maior teoria de conspiração” da história.
Os protestos, nos quais muitos manifestantes participaram sem máscara e sem manter o distanciamento social, motivaram pedidos para aumentar as sanções a quem violar as restrições.
Ao menos 45 policiais ficaram feridos e mais de 130 pessoas foram detidas.