A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (13) uma operação para desmontar uma farsa ‘teatral’, elaborada por um grupo criminoso, no intuito de esconder um assassinato e uma tentativa de homicídio dentro de um lava-rápido de Ariquemes (RO) no último dia 10 de junho. Na ocasião, José Leandro foi morto a tiros dentro do estabelecimento e seu filho, Rafael, baleado.
Segundo investigação da Operação Dionísio, os criminosos planejaram o crime para que a polícia tratasse o caso como latrocínio (roubo seguido de morte).
Porém, os policiais descobriram que o mandante do assassinato é Diego Muraite, dono do lava-rápido onde pai e filho foram atacados a tiros.
No dia que a Polícia Militar (PM) atendeu a ocorrência, Diego foi uma das testemunhas da ocorrência e relatou que dois indivíduos chegaram no local e tentaram realizar um roubo, mas uma das vítimas reagiu e um dos suspeitos atirou.
“No andamento da investigação ficou provado que Diego foi o mandante do crime, e que um dos executores era seu funcionário. As imagens do sistema de câmera do próprio lava-rápido e das empresas ao lado mostraram que as demais testemunhas, funcionários do lava-rápido, também sabiam da trama criminosa, e tudo foi encenado para que parecesse um latrocínio”, afirma a investigação da Polícia Civil.
Ainda de acordo com a polícia, ficou demonstrado que esses funcionários encenaram uma suposta reação de uma das vítimas, mas “tudo foi desmascarado” durante a Operação Dionísio.
Motivação do crime
O crime foi motivado porque o dono do lava-rápido teria passado cheques sem fundos para a vítima, que era proprietária de um posto de combustível em Ouro Preto do Oeste.
A partir da investigação dessa morte, desencadeou uma série de fatos para a Polícia Civil, com a descoberta de um esquema de emissão de cheques sem fundos, receptação e organização criminosa.
Segundo a polícia, o empresário José Leandro de Almeida foi morto a tidos no lava rápido no dia 10 de junho e o filho dele, Rafael, foi baleado e sobreviveu.