Durante evento em MG, Bolsonaro volta a atacar imprensa e não fala sobre Queiroz

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O presidente Jair Bolsonaro voltou ontem a ofender jornalistas durante uma agenda em Ipatinga (MG). Questionado mais uma vez sobre depósitos feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente chamou, três vezes, um repórter do jornal O Globo de “otário”. Outros jornalistas fizeram a mesma pergunta, mas Bolsonaro não respondeu.

O questionamento sobre repasses no valor de R$ 89 mil de Queiroz a Michelle já havia levado o presidente, no domingo passado, a ameaçar um repórter de “porrada”. Um dia depois, em um evento sobre a pandemia do novo coronavírus, no Palácio do Planalto, se referiu a jornalistas como “bundões”. Ontem, em Minas, Bolsonaro retrucou fazendo perguntas sobre movimentações financeiras da família Marinho, proprietária do jornal O Globo.

Indagado por um repórter do jornal Estado de Minas se estava arrependido pelos recentes ataques feitos à imprensa, o presidente respondeu que a pergunta era “indecente”. “O dia em que eu for elogiado pela imprensa, podem saber que o Brasil está indo mal”, disse Bolsonaro.

Sem máscara, ele voltou a causar aglomeração ao posar para fotos com funcionários da Usiminas, onde participou de cerimônia de reativação de um alto-forno. Ipatinga é a terceira cidade de Minas em número de casos de covid-19, de acordo com informações da Secretaria da Saúde do Estado.

No evento, Bolsonaro também afirmou que a melhora em sua popularidade, segundo recente pesquisa, se deve ao auxílio emergencial pago durante a pandemia. “O povo reconhece e sabe que um dia tem um fim. Agora, é o tal negócio. Passamos por tantos problemas no passado e nenhum outro presidente lembrou do povo para dar uma aspirina sequer”, disse.

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