Crianças na quarentena: veja dicas de brincadeiras e como evitar o excesso de telas

A pandemia mudou a vida de todos nós. Especialistas dão dicas de brincadeiras para os pais nessa quarentena.

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A pandemia da Covid-19 não é um desafio só para os adultos. Também é preciso entender como lidar com as crianças na quarentena. É normal elas estarem mais agressivas, agitadas, com transtornos de sono, alteração alimentar em tempos de isolamento social. Além disso, ficar 24 horas em casa pode trazer mais ansiedade para os filhos (Veja abaixo dicas para entreter os pequenos na quarentena).

Acostumadas a ir para a escola, brincar com os amiguinhos e fazer as atividades escolares, agora elas se veem “trancadas”, só com aulas virtuais, brincadeiras em casa e, às vezes, muita energia e pouco espaço.

O isolamento social modificou completamente a rotina de todos. “Estamos passando por um momento inusitado e cada um deve lidar com a pandemia a partir dos recursos que têm. Talvez os pais não vissem os filhos tão angustiados antes. Agora, o contato é 24 horas. É importante dizer para a criança o que está acontecendo, mas sempre com filtro. Ela tem condições de entender”, alerta a psicóloga e psicanalista Laura Carrasqueira Bechara.

Mas os pais também precisam entender que estão falando com crianças. “Eles não devem exigir demais dos filhos. Eles têm curiosidade e necessidade de criança. Eles querem brincar, podem ter medo, podem ficar assustados, podem se sentir ameaçados”, completa Fernanda Luposeli Marcondes, psicóloga e psicanalista.

A importância das brincadeiras

Dependendo do estágio de desenvolvimento, as necessidades e formas de se comunicar com a criança são diferentes. Para as crianças pequenas, que frequentavam berçários e escolinhas, o isolamento não afetou tanto o dia a dia.

“Para elas, estar em casa com os pais é o melhor. O grande problema está no estresse dentro de casa. Se os pais estão estressados, eles acabam levando para as crianças”, explica a pediatra, hebiatra e psicanalista Marisol Montero Sendin, responsável pela Brinquedoteca Terapêutica do IPq-HCFMUSP.

Crianças de 2,5 a 5 anos precisam de acesso às brincadeiras lúdicas. Nessa fase elas estão desenvolvendo a parte simbólica. “Elas estão na fase de imitar os adultos. Tarefas domésticas transformadas em lúdico podem ser importantes para essa faixa etária.”

A partir dos seis anos, as crianças já estão sendo alfabetizadas e têm mais responsabilidades na escola. É importante acompanhar o dia a dia do filho e incentivar o estudo, mesmo que virtual. A falta do contato ao vivo com amigos e professores pode influenciar no desempenho escolar. A sugestão da pediatra é apostar em brincadeiras que gastem energia.

Invista em brincadeiras criativas, em que a criança seja a protagonista — Foto: Pixabay

Invista em brincadeiras criativas, em que a criança seja a protagonista — Foto: Pixabay

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