Micros e pequenas empresas acabaram fechando as portas por causa da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. Mesmo com as incertezas do mercado atual, há quem se arrisque e se lance em um novo negócio. Esse é caso do jovem casal Daniel Frank, de 23 anos, e Yane Lais, de 20 anos, que vive em Porto Velho.
Os dois apostaram no segmento da gastronomia regional, o cuscuz, e usam o Instagram como um forte aliado à comercialização do alimento.
O casal sonha oficializar a união em abril de 2021 e a abertura do novo empreendimento é a oportunidade ímpar que pode ajudar na realização desse sonho. Além da celebração, os jovens desejam comprar um terreno para a construção da casa própria.
— Foto: Instagram/Divulgação
O que diz o especialista?
O consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Cléris Kussler, explicou que o momento mais adequado para abrir um negócio é quando o mercado financeiro está aquecido. Por outro lado, sempre que houver um problema ou um necessidade a ser atendida, nasce um novo empreendimento para solucionar a questão.
“Esse é um momento em que poucas pessoas estão se arriscando. E quem está empreendendo, empreende por necessidade do tipo ‘fiquei desempregado’ do que por oportunidade”, disse.
As plataformas digitais são mais do que nunca uma aliada para quem se inovou ou empreendeu durante a pandemia do novo coronavírus, segundo Kussler. “(As plataformas digitais) permitem uma conexão à distância. Uma empresa ou um restaurante que não têm um cardápio digital está fora do mercado. Esse é um exemplo”, reforçou o especialista.
O segmento da gastronomia, ainda conforme o consultor, precisou ser transformado em meio à pandemia.
“É um segmento que precisa mudar o conceito do ‘sair para ser um lazer’. (O segmento gastronômico) precisa se modificar para ser a comida do dia a dia, pois a frequência que as pessoas estariam indo ao local não vão mais. A comida tem que ser mais parecida com a comida caseira”, pontuou.
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)
Total de 170 empresas do segmento do comércio varejistas de artigo do vestuário e acessórios em Rondônia fecharam as portas, segundo dados da CDL — Foto: Bruno Mendes/TV Anhanguera
De acordo com dados de associados à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), enviados ao G1, entre janeiro e junho de 2020 3.484 empresas fecharam as portas em Rondônia. Mas o quantitativo ainda é menor se comparado ao registrado no mesmo período do ano passado, que contabilizou 3.887 (-10%).
Já o número de empresas abertas em Rondônia, também no período de janeiro a junho de 2020, chega a 9.927. Esse total também é menor do que o contabilizado em 2019, que soma 9.990 empresas abertas em todo o estado nesse mesmo período de seis meses (-0,6%).