Novas ações são discutidas para melhorar atendimento no Pronto Socorro João Paulo II

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As ações que possam possibilitar melhorias na área interna do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II foram pautas da reunião ocorrida na manhã de segunda-feira (21), entre o secretário de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo, e o diretor geral da Unidade Hospitalar, Amaury Junior. Na ocasião foram apresentadas ao gestor da pasta algumas atuações já implantadas dentro do hospital, entre elas a parte organizacional.

“Atualmente temos uma estrutura da parte administrativa, dentro do preconizado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), respeitando a resolução 2147/2016, na qual descreve a estrutura que uma unidade hospitalar deve obedecer em termo de organização médica, entre elas, diretor técnico, diretor clinico, e comissão de ética. Esta resolução descreve as funções de cada cargo e suas respectivas obrigações. Pode-se dizer que o JP II basicamente não possuía tal estrutura organizacional. Então uma das ações implementadas nesses seis meses de nova gestão foi organizada conforme exige o Cremero (Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia)”, destacou Diego Almeida, diretor técnico do Hospital João Paulo II.

Ainda de acordo com o diretor técnico, a unidade atualmente possui um documento que é obrigatório, denominado “Regime Interno do corpo clínico”, no qual descreve o regime de funcionamento da unidade com relação à equipe médica, os serviços oferecidos, delimitando a função de cada servidor na linha de cuidado ao paciente. Ou seja, o que se faz dentro desse hospital; quem são os médicos de plantão; os serviços que estão sendo prestados; quais exames estão sendo feitos. “Nessa nova composição conseguimos organizar muitos fluxos e processos de trabalho dentro da unidade, o que já é perceptível aos servidores. Esse documento é obrigatório para qualquer hospital e deve passar pelo crivo do Cremero. Sabemos que nossa estrutura física é defasada e precisamos de um novo prédio, mas ter uma equipe de trabalho focada nos atendimentos é essencial”, disse Diego Almeida.

Outro ponto importante implantado na unidade foi o prontuário eletrônico, que já existia no Estado, mas não no JP II. “Fizemos uma transição nos últimos quatro meses muito importante com relação ao uso desse prontuário. Hoje todos os profissionais utilizam 100%, o que facilita a prescrição eletrônica, a guarda dos dados do paciente, dando maior segurança e nos dá um controle muito maior ao estoque de medicamentos e insumos da farmácia. Quando o médico prescreve dentro do visual HOSPUB, automaticamente o sistema te mostra quais as medicações disponíveis dentro do hospital, então conforme o médico vai prescrevendo, vai dando baixa no sistema da farmácia. Assim temos um controle bem maior no estoque. O que traz de benefício? segurança do paciente, segurança do prontuário que é importante, e o controle da farmácia”, disse o diretor técnico.

Além das ações feitas na unidade durante essa nova gestão, o diretor do João Paulo II, Amaury Junior, pontuou importantes demandas a serem estudadas, como a superlotação, que desde o início da gestão vinha sendo controlada, porém com a pandemia, os hospitais de retaguarda, como o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro e Santa Marcelina tiveram que receber pacientes acometidos pela Covid-19 e menos pacientes do JPII.

“Quando assumi a Secretaria de Saúde, e que é de conhecimento de todos, pacientes eram atendidos no chão, e na garagem, e por determinação do governador, montamos uma força-tarefa e deixamos o hospital sem leitos nos corredores, o que estava sendo mantido até a chegada dessa pandemia, mas estamos trabalhando para que o JPII volte a ficar sem pacientes nos corredores. Precisamos também da ajuda da população, hoje nosso maior número de pacientes é ortopédico, os que sofreram acidentes de trânsito. Então faço um apelo, vamos ter cautela no trânsito, a pandemia não acabou, ainda temos muitos pacientes ocupando leitos nas nossas unidades de saúde”, enfatizou Fernando Máximo, secretário da Sesau.

O Pronto Socorro João Paulo II tem 30 anos. A unidade foi inaugurada em 1984, com o intuito de atender os funcionários da Empresa Eletronorte, encarregados da construção da Usina Hidrelétrica de Samuel. “A estrutura está velha, por mais reparos que façamos durante esses 30 anos era para termos um novo hospital. O telhado é antigo, e com fortes chuvas ocorrem infiltrações, estamos estudando a melhor forma de fazer os reparos. Nossa equipe de engenheiros irão estudar para que possamos resolver essa problemática que não é de hoje”, ponderou Fernando Máximo.

Participaram ainda da reunião a diretora adjunta do Pronto Socorro João Paulo II, Andreia Prestes, e a diretora executiva da Sesau, Amanda Diniz.

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