Ele estava passeando em um parque na província de Alberta, no Canadá, quando viu ossos próximos a uma pedra. Isto aconteceu em julho, e nesta quinta-feira (15/10) a escavação completa dos fósseis foi finalizada.
O menino diz que, quando avistou o material pela primeira vez, ficou “literalmente sem palavras”.
“Eu não cheguei nem a ficar animado, apesar de saber que eu deveria ter ficado”, contou à BBC.
“Fiquei em choque.”
Nathan, que se interessa por dinossauros desde os seis anos de idade, frequentemente faz caminhadas com o pai na unidade de conservação de Alberta Badlands.
“Sempre fui fascinado pelo fato de que os ossos deles, semelhantes aos nossos, se tornam algo como uma rocha sólida.”
O pai, Dion Hrushkin, conta que de fato os itens pareciam “ossos feitos de pedra”.
“Parecia o final de um fêmur, saindo diretamente do solo”, lembra Dion.
Nathan já sabia que fósseis eram protegidos por lei, então quando ele e o pai voltaram para casa, procuraram o Museu Real Tyrrell, em Alberta, que se dedica ao estudo de itens pré-históricas. A instituição pediu que eles enviassem fotos e coordenadas de GPS do achado.
O parque de Badlands abriga muitos fósseis, e dinossauro, batizado albertossauro, foi descoberto ali pelo explorador canadense Joseph Tyrell no final do século 19.
Mas a parte em que pai e filho caminhavam não era conhecida por ter tantos fósseis, então o museu enviou uma equipe para explorá-la.
Até agora, eles encontraram entre 30 e 50 ossos na parede de um cânion, todos pertencentes a um jovem hadrossauro, com idade estimada de três ou quatro anos.
“Eu provavelmente era como a maioria das crianças, tendo o Tyrannosaurus rex como tipo favorito”, diz Nathan.
“Mas depois da minha descoberta, prefiro definitivamente o hadrossauro.”
O conjunto encontrado é cientificamente significativo, diz o museu, porque tem cerca de 69 milhões de anos — e registros desse período são raros.
“Este jovem hadrossauro é uma descoberta muito importante porque vem de um período sobre o qual sabemos muito pouco em relação aos dinossauros ou animais que viviam em Alberta. O achado de Nathan e Dion nos ajudará a preencher essa grande lacuna em nosso conhecimento da evolução dos dinossauros”, disse o curador da paleoecologia do museu, François Therrien, em um comunicado.
Nathan diz que gostou de aprender mais sobre como datar ossos de dinossauros e que todo o processo foi “surreal”.
“Vai ser ótimo ver, depois de meses de trabalho, algo finalmente sair do chão”, afirmou o menino.