Papa Francisco defende união civil entre homossexuais

Em um documentário, o papa diz que 'pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família'. 'O que precisamos criar é uma lei de união civil', ele afirma.

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O Papa Francisco afirmou, em um filme que entra em cartaz nesta quarta-feira (21) na Itália, que os homossexuais precisam ser protegidos por leis de união civil. Foi a forma mais clara que Francisco já usou para falar de direitos dos LGBTIs.

Papa Francisco acena para o público durante a audiência de 21 de outubro de 2020 — Foto: Gregorio Borgia/AP

Papa Francisco acena para o público durante a audiência de 21 de outubro de 2020 — Foto: Gregorio Borgia/AP

“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, diz ele no documentário “Francesco”.

“O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”, ele afirmou.

A fala do papa surge na metade do filme. Ele discorre sobre temas com os quais se importa, como o ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda e pessoas mais afetadas por discriminação.

30 de setembro - Papa Francisco se encontra com membros do clero após sua audiência geral semanal no pátio de San Damaso, no Vaticano — Foto: Yara Nardi/Reuters

30 de setembro – Papa Francisco se encontra com membros do clero após sua audiência geral semanal no pátio de San Damaso, no Vaticano — Foto: Yara Nardi/Reuters

União civil, e não casamento

O Papa Francisco já demonstrou ter interesse em dialogar com católicos LGBTIs, mas geralmente suas mensagens são a respeito de acolher esses fiéis.

Ele já deu sinais velados que poderiam ser interpretados como uma opinião favorável à união civil.

Quando Cristina Kirchner era a presidente da Argentina, o país legalizou o casamento gay. Na época, ele ainda não era o papa, mas, sim, o cardeal Jorge Mario Bergoglio.

O homem afirma que o Papa Francisco o incentivou a mandar os filhos à Igreja e nunca disse qual era a opinião dele sobre a família formada por pais gays e que, apesar de a doutrina não ter se alterado, a maneira de lidar com o tema mudou radicalmente.

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