Um menino de 10 anos atirou no primo, de 9 anos, com uma arma de fogo que encontrou escondido no sofá da casa da tia. O caso o correu em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A tia da criança que atirou foi indiciada por homicídio culposo e por posse ilegal de arma de fogo, além de omissão de cautela na guarda da arma.
De acordo com informações da Polícia Civil, as crianças brincavam no momento do disparo. Os meninos passavam dias na casa da mulher, tia de ambos, e, em 19 de novembro, acharam as armas no sofá enquanto a mulher dormia. Tratava-se de um revólver calibre 38 e uma pistola 40.
No dia seguinte, a tia saiu de casa e uma adolescente de 16 anos cuidava dos meninos. Quando ela estava no banho, o mais velho acertou as costas do mais novo.
Segundo o delegado da Delegacia de Homicídios de Betim, Otávio de Carvalho, a criança de 9 anos morreu na hora. “A vítima estava brincando com a pistola, e a criança que efetuou o disparo, brincando com o revólver. De repente, ela aciona o gatilho e acerta as costas da vítima, que vem a óbito. A criança guarda o revólver de novo no sofá e chama a adolescente”, explicou. O Samu chegou a ser chamado, mas o menino não resistiu.
Após o ocorrido, a tia das crianças fugiu. Segundo o jornal O Tempo, ela foi encontrada 30 dias depois do crime e alegou que as armas eram do ex-companheiro, que estava envolvido com o crime e foi assassinado em abril. As armas estavam com o número raspado e a tia das crianças justificou que não sabia que havia armas na casa. A investigação, por outro lado, aponta que ela sabia sobre a localização do armamento.
O delegado Otávio de Carvalho ainda afirmou que é preciso ter cautela com as armas. “Deve ser guardada com toda segurança para que fatos como esse não ocorram. Há um decreto presidencial regulamentando isso, a arma deve ser guardada em cofre, trancada com chave e em segredo”, declarou.