Quase dois anos após Paulo Guedes prometer uma forte queda no preço do botijão de gás, o valor subiu e o Ministério da Economia afirmou que não pode tomar medidas para reduzi-lo.
Disse Paulo Guedes em abril de 2019:
“Daqui a dois anos, o botijão de gás vai chegar pela metade do preço à casa do trabalhador brasileiro”.
A tendência observada, porém, foi de aumento: na época da declaração de Guedes, um botijão de 13 kg custava, em média, R$ 69.
Atualmente, o preço é R$ 75, segundo a ANP.
Em 6 de janeiro, a Petrobras anunciou um reajuste de 6% no preço do gás de cozinha para as distribuidoras.
Foi a 11ª alta nos últimos nove meses.
Neste mês o Ministério da Economia afirmou que a pasta não tem poder sobre o tema.
O ministério declarou que os preços do gás de cozinha “são livres desde 31 de dezembro e não seria adequado adotar medidas intervencionistas para redução de preços”.
A pasta disse ainda que o Novo Mercado de Gás pretende baratear o preço da energia — o que incluiria o gás de cozinha — e que há outras medidas para melhorar o ambiente de negócios de todos os setores, mas que as medidas ainda estão em “implementação e ainda não houve mudança significativa na estrutura do mercado nacional de derivados”.
O ministério não deu qualquer previsão de quando as medidas começarão a surtir efeito.
O posicionamento foi repassado pelo ministério por meio da Lei de Acesso à Informação, em pedido apresentado pelo deputado Ivan Valente, do PSOL de São Paulo.