Pfizer começa a imunizar voluntários de vacina no Brasil

Participantes do estudo em São Paulo e Salvador vão receber gratuitamente duas doses do imunizante

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Mulher segura frasco rotulado como de vacina contra Covid-19 em frente a logo da Pfizer em foto de ilustração 30/10/2020 REUTERS/Dado Ruvic

A Pfizer anunciou nesta quarta-feira, 20, que começará a imunizar neste mês mais de 1.400 voluntários que receberam placebo durante os testes no Brasil da vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório em parceria com a BioNTech. Em comunicado, a companhia informou que participantes do estudo em São Paulo e Salvador vão receber gratuitamente duas doses do imunizante.

Apesar de a vacina não ter sido avaliada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Pfizer disse que o procedimento está de acordo com as tratativas definidas junto ao órgão regulador e faz parte do termo de consentimento assinado pelos participantes no início da pesquisa.

“Os voluntários do estudo interessados em receber a vacina deverão entrar em contato com os centros e receberão todos os esclarecimentos necessários. Todos os participantes seguirão em acompanhamento no estudo, conforme estabelecido em protocolo”, informou a empresa.

A vacina da Pfizer foi a primeira a ser aprovada para uso emergencial no mundo entre os principais laboratórios ocidentais e está sendo usada desde o ano passado para imunizar pessoas em países como Reino Unido e Estados Unidos.

O governo brasileiro, no entanto, não fechou acordo para comprar doses do imunizante. O presidente Jair Bolsonaro e autoridades do Ministério da Saúde reclamaram publicamente do que consideram exigências exageradas da Pfizer para fechar contrato. O laboratório rebate, alegando que essas exigências estariam em linha com o praticado em outros países.

A Pfizer ainda não pediu sequer autorização para uso emergencial do seu imunizante no Brasil, ao contrário do que já ocorreu em outros países. Segundo a empresa, ela segue com o processo regulatório de submisão contínua de dados à Anvisa para obtenção do registro definitivo da vacina./REUTERS

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