A jovem Ingrid Bueno, de 19 anos, foi assassinada a facadas na tarde desta segunda-feira, 22, em Pirituba, na zona norte de São Paulo. De apelido “Sol”, a jovem era conhecida por participar de jogos online. Um estudante de 18 anos confessou o crime e disse que conheceu a vítima por meio da internet.
De acordo com informações do boletim de ocorrência do caso, policiais militares foram chamados para atender uma ocorrência em que uma mulher tinha sido esfaqueada. “No local, acharam a vítima com diversas facadas. O óbito foi constatado por uma equipe do resgate. Após ferir a vítima, o estudante fugiu. O irmão dele contou que chegou em casa e encontrou a jovem já desmaiada. Ele não a conhecia”, informou a Secretaria da Segurança Pública.
Segundo a pasta, o estudante disse a parentes que iria cometer suicídio, mas foi convencido a se entregar. “Cerca de 30 minutos após o crime, o autor compareceu no DP. Ele confessou o homicídio e disse que conheceu a vítima na internet há pouco mais de um mês. Contou que planejou o crime e afirmou ter escrito um livro onde explicava seus objetivos e os motivos que o levaram a cometer o homicídio”, acrescentou a secretaria.
Uma cópia do livro foi anexada ao inquérito policial aberto para investigar o caso. “Os familiares da vítima não souberam falar sobre a relação dela com o autor. O celular dele foi apreendido”, apontou o boletim de ocorrência. O caso foi registrado como homicídio qualificado no 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto), em Pirituba.
Outras equipes se solidarizaram com a família da vítima, pediram justiça para o caso e alertaram para crimes cometidos contra mulheres. A Jaguares Esports, que possui uma equipe feminina de Call of Duty Mobile, disse que “mulheres denunciam abusos diariamente, mas não tem muita atenção da sociedade”. “No esport não é diferente. No cenário de cod mobile muita jogadoras são ameaçadas e fazemos campanhas para combater qualquer tipo de abusos as nossas mulheres.”
A Jaguares reproduziu uma nota de esclarecimento de uma organização intitulada gamerselite.codm na qual o grupo fala que um jogador denominado Flashlight enviou um vídeo por meio de WhatsApp com imagens do assassinato.
A gamerselite disse ter informado as autoridades e pedido que o vídeo não fosse compartilhado. Acrescentou ainda que a relação com o jogador “sempre foi de interação virtual” e que jamais compactuou com qualquer ato criminoso. A reportagem não conseguiu obter contato com a gamerselite.