Com campanha de vacinação em risco, Saúde pede ajuda à China por mais doses

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O governo brasileiro pediu a interferência à embaixada da China, em Brasília, para obter 30 milhões de doses da vacina BBIBP-Corv, produzida pela Sinopharm, ainda no primeiro semestre deste ano.
O ofício foi enviado nesta segunda-feira (8) pelo secretário-executivo do ministério da Saúde, Elcio Franco, ao embaixador da China, Yang Wanming.

A China tem duas vacinas sendo aplicadas contra a Covid-19, produzidas pela Sinovac, que tem parceira com o Instituto Butantan, do governo de São Paulo, e pela Sinopharm.

No documento, o ministério da Saúde afirma que “a campanha nacional de imunização corre o risco de ser interrompida por falta de doses, dada a escassez de oferta internacional”.

O ministério afirma que vem buscando estabelecer contato com a novos fornecedores, em especial a Sinopharm.“Nesse contexto, muito agradeceria os bons ofícios de Vossa Excelência para averiguar a possibilidade da Sinopharm fornecer 30 milhões de doses da vacina BBIBP-Corv, em cronograma e preço a serem acordados, se possível, ainda no primeiro semestre de 2021”.

O governo do presidente Jair Bolsonaro já teve vários embates com a China e com seu embaixador no Brasil. No ano passado, chegou a dizer que não compraria a vacina chinesa. Mas diante do agravamento da pandemia no país, mudou de posição.

Até o final de fevereiro, mais de 43 milhões de doses da vacina da Sinopharm haviam sido aplicadas em vários países, entre eles Hungria e Peru. Dessas, 34 milhões de doses foram administradas apenas na China.

De acordo com a empresa, o imunizante tem uma taxa de eficácia de 79,4%. A vacina ainda não tem pedido de registro na Anvisa.

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