Uma funcionária da empresa Gol Linhas Aéreas foi feita refém por um passageiro na noite deste domingo (11) no aeroporto de Guarulhos, em um dos portões de embarque do terminal 2.
O passageiro, que não teve o nome divulgado, ameaçou a funcionária com uma caneta no pescoço. Ele também dizia que tinha uma bomba na mochila que carregava nas costas.
Em vídeos feitos por pessoas que estavam no aeroporto e divulgados nas redes sociais, o homem aparece ameaçando a funcionária e falando frases sobre policiais, corrupção e cartas marcadas.
“Eles fazem a cagada, fazem a corrupção e suicidam o policial bom”, disse. “Estou com uma bomba na mochila, afasta”.
ONDE TEM TIROTEIO
O homem afirmou que é policial militar no Paraná e em três anos vai se formar em medicina. Nenhuma dessas afirmações foi confirmada até o momento.
Com a refém mantida sob seus braços, ele pediu para chamarem a Polícia Federal e tentou acalmar a funcionária da empresa aérea. “Fica tranquila, eu não vou te machucar”, disse.
Os órgãos responsáveis pela segurança do aeroporto foram acionados e a Polícia Federal controlou a situação em poucos minutos. O homem foi detido pela Polícia Federal, que deverá investigar o caso. O passageiro foi levado para a delegacia do local.
Ninguém ficou ferido e, segundo a administração do aeroporto, o incidente não causou impacto nas operações aéreas e demais atividades.
A Gol informou que oferece todo o suporte necessário para a funcionária, que passa bem após ser libertada. A companhia se colocou à disposição para prestar as informações necessárias às investigações.
“A ocorrência ficou restrita à sala de embarque do aeroporto e o envolvido no caso não era passageiro da Gol em nenhum dos seus trechos de origem ou destino”, diz nota divulgada pela companhia.
No dia 28 de março, um policial militar foi baleado após ter passado cerca de quatro horas dando tiros para o alto e gritando palavras de ordem no Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador (BA).
Ele foi atingido por tiros por volta das 18h30, após ter erguido um fuzil e disparado contra os colegas da PM que negociavam a sua rendição. O soldado chegou a ser socorrido por uma ambulância e levado para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, afirmou que a PM só atirou contra o soldado após ter sido alvo de disparos de fuzil e lamentou o desfecho do caso: “A ocorrência teve um término que nós não gostaríamos”.
O caso levou parte da base bolsonarista na polícia, além de políticos aliados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a defender uma narrativa de que o policial protestava contra as medidas de restrição adotadas pelo governador Rui Costa (PT) para evitar a disseminação do coronavírus.