Tratamento de pacientes com covid-19 em hospitais de Rondônia é destaque nacional

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Nesta semana foram encerradas as apresentações dos dados colhidos nas unidades hospitalares do Estado de Rondônia, através de parceria com uma empresa que oferece sistemas que ajudam a melhorar o desempenho dos hospitais. Foram dois dias de apresentações à equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e representantes dos hospitais que atuam no tratamento de pacientes infectados pela covid-19 em Rondônia.

A parceria tem como principal objetivo analisar, por meio de indicadores clínicos colhidos dentro das unidades, o impacto da pandemia no Estado, os avanços que estão sendo alcançados e quais as melhores decisões que a gestão pública pode tomar para continuar acertando nas decisões.

Durante as apresentações, o secretário da Sesau, Fernando Máximo, falou da importância dos dados colhidos e do trabalho de monitoramento que está sendo realizado pela empresa nos hospitais, desde junho de 2020. Desse período até o momento foram monitorados na rede 38 mil pacientes, sendo três mil pacientes infectados pela covid-19 em tratamento de terapia intensiva. “Com esses dados é possível entender as proporções da pandemia em Rondônia e aplicar as melhores soluções para reduzir os números e salvarmos vidas”, destacou.

As reuniões acontecem de forma trimestral e, segundo o diretor da empresa, Marcel Muraro, os indicadores permitem que o Governo do Estado e os gestores das unidades tenham um panorama completo da situação de pandemia, de forma que consigam melhorar o serviço ofertado sem a necessidade de aumentar os gastos.

“O projeto busca dar aos hospitais uma ferramenta de gestão, que é utilizada em mais de 800 hospitais em todo o Brasil, e em países da Europa e da América Latina, de forma que a rede possa produzir mais com os mesmos recursos”, enfatizou o diretor.

Estão sendo monitoradas pelo projeto as seguintes unidades: Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, Hospital AMI 24 horas, Hospital Infantil Cosme e Damião, Hospital Regional de Cacoal, Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal, Hospital Regional de São Francisco do Guaporé, Hospital Regional de Buritis, Hospital Regional de Extrema, Hospital de Campanha, Hospital Samar, Copimed – Cândido Rondon (município de Ji-Paraná), Hospital de Campanha Zona Leste, Hospital de Amor Amazônia e o Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron).

O PROJETO

São 15 entidades hospitalares, com um total de 1.500 leitos monitorados todos os meses por uma equipe de mais de 30 colaboradores. Eles visitam diariamente as unidades, munidos de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e equipamentos tecnológicos para coletar as informações. Os dados são armazenados em uma grande base que compila, analisa e entrega relatórios, gráficos, tabelas e painéis em tempo real.

IMPORTÂNCIA DOS DADOS

Através do conjunto de dados e indicadores, os gestores dos hospitais conseguem identificar pontos de melhoria e ajustes, otimizando recursos, evitando custos e objetivando o melhor desempenho do uso de leitos críticos e de internação.

RESULTADOS RELEVANTES

De janeiro a março de 2021 foram analisados mais de três mil pacientes que passaram pelos 15 hospitais do projeto, tendo como destaques as seguintes unidades:

O Hospital Samar, que absorveu a maior quantidade em número de pacientes com diagnóstico de covid-19 da rede Sesau e também o maior número de pacientes que já foram admitidos com insuficiência renal aguda.

O Hospital de Campanha da Zona Leste apresentou o menor tempo de permanência em média nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), de 5,38 dias e apresentou reduzida taxa de mortalidade quando comparado, por este indicador, com os demais hospitais públicos do Brasil.

O Hospital e Pronto Socorro João Paulo II é destaque por ter a menor taxa de mortalidade proporcionalmente à criticidade dos seus pacientes. Com relação à comparação nacional de performance, o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro apresenta desfecho hospitalar favorável (do paciente covid) melhor do que a média nacional no mesmo período.

Já o Hospital de Campanha de Rondônia apresentou o menor tempo de uso de Ventilação Mecânica, equivalente aos melhores indicadores nacionais, o que garante maior probabilidade de sobrevida ao paciente intubado. O diretor clínico do Hospital, Maxwendell Batista garante que os dados direcionam para o melhor caminho e auxiliam na tomada de decisões. “Nós obtivemos bons números em tempo de ventilação, mortalidade entre outros pontos que foram relevantes para nos direcionar quanto às nossas condutas. São dados muito importantes”, concluiu o diretor.

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