O estado do Rio de Janeiro tem 354.490 pessoas que aguardam pela segunda dose da Coronavac. A informação foi confirmada na manhã deste sábado (8) pelo secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe. O número inclui fluminenses que já estão com a aplicação em atraso e os que devem ser imunizados nas próximas três semanas.
Nessa sexta-feira (07), o estado recebeu um lote com 96 mil vacinas, que estão sendo distribuídas para os municípios neste fim de semana. A quantidade entregue corresponde a, aproximadamente, 30% do total de doses necessárias.
“Apesar do estado ter recebido um número abaixo do esperado, a chegada dessas doses é um grande alívio”, disse o secretário estadual de Saúde. Até que o fornecimento da vacina seja normalizado, a recomendação da pasta aos municípios é que os imunizantes sejam usados apenas como segunda dose.
Pelo menos oito cidades precisaram interromper a aplicação da segunda etapa do imunizante por falta da Coronavac e devem retomar a campanha com a chegada do novo carregamento. De acordo com um levantamento feito pela CNN junto às prefeituras de Nova Iguaçu, São Gonçalo, Duque de Caxias e Maricá, 106 mil pessoas ainda não receberam a 2ª dose do imunizante.
Só em Duque de Caxias, terceiro município mais populoso do estado, 50.227 pessoas aguardam a aplicação da 2ª dose da Coronavac, segundo a prefeitura. As vacinas devem ser entregues às prefeituras de acordo com a demanda necessária, priorizando vacinações em atraso. Das 96 mil unidades, cerca de 48 mil serão destinadas à capital fluminense e o restante distribuído para outros municípios.
Entregas do Butantan
Segundo o Instituto Butantan, 3 milhões de doses da vacina contra o coronavírus devem ser entregues na próxima semana ao Ministério da Saúde. Os imunizantes já foram envasados e passam pelo controle de qualidade para liberação.
“Na próxima semana, entregaremos mais 3 milhões de doses, sendo 2 milhões na segunda-feira e 1 milhão na quarta-feira. Daqui 15 dias, teremos mais 2 milhões de doses”, afirmou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas em coletiva de imprensa na sexta-feira (7).
O envase dos imunizantes não está suspenso, de acordo com o Butantan, e o setor segue processando doses da vacina contra a gripe. Covas atribuiu o atraso à dificuldade de chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA), fundamental para a produção dos imunizantes, à postura do governo federal com a China, principal fornecedora dos insumos.