A Alfa Capricornídeos recebe esse nome porque sua direção de queda fica próxima à estrela mais brilhante da Constelação de Capricórnio. Já o Delta Aquáridas do Sul fica próximo à estrela Delta Aquarii, a quarta mais brilhante da Constelação do Aquário.
Segundo a Bramon, as chuvas de meteoros poderão ser observadas a olho nu, sem a necessidade de qualquer equipamento. “Basta procurar um local adequado e olhar para o céu na hora certa”, de acordo com a entidade.
O melhor horário de observação está previsto para entre 22h e 0h30.
“Essa dica serve para Santa Catarina e também para todo o Brasil. O ponto de referência para ver as chuvas é o planeta Júpiter. Ele é o ponto [estrela] mais brilhante na direção Oeste, onde o sol nasce. Como os radiantes destas duas chuvas estão praticamente na mesma direção, vai ser bem fácil acompanhar. Não quer dizer que só surgirá deste ponto do céu, mas se você traçar uma linha da trajetória do meteoro eles vão parecer surgir deste ponto”, explica Jocimar.
Meteoros alfa capricornídeos e delta aquarídeos do sul registrados em Taquara (RS) em 2020 — Foto: Dr. Carlos Jung – BRAMON/Reprodução
- Procurar um lugar escuro, preferencialmente em um local afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa;
- Desligar as luzes em volta para tornar o local ainda mais escuro;
- Utilizar uma cadeira de praia ou colchão para se deitar e observar o céu de forma mais confortável;
- Cobertas e uma garrafa de café quente à mão podem ser boas companheiras para a noite de observação.
A Bramon também estimula que os observadores comuniquem a organização após o avistamento de algum meteoro. As informações servem para registros mais precisos sobre os fenômenos e podem ser relatados no site da organização. É importante registrar a hora do aparecimento e procurar referências no céu para saber o trajeto do meteoro.
O meteoro é um fenômeno luminoso que ocorre quando um pequeno fragmento de rocha espacial atravessa a atmosfera em altíssima velocidade. Quando entra na Terra, esse fragmento comprime e aquece rapidamente o gás atmosférico, formando uma bolha de plasma (gás aquecido e ionizado), que brilha por um determinado período de tempo.
“Entretanto, em certas épocas do ano, a Terra atravessa uma área do céu que possui uma quantidade maior de detritos deixados por cometas ou asteroides. Quando isso ocorre, vários desses fragmentos atingem a atmosfera ao mesmo tempo, formando as chuvas de meteoros”, explica a Bramon.
Todos os meteoros de uma mesma chuva atingem a atmosfera paralelamente uns aos outros. Isso ocorre porque seguem aproximadamente a mesma órbita do cometa ou asteroide que deu origem a eles. “Entretanto, devido ao efeito de perspectiva, para um observador na Terra esses meteoros parecem se originar de um mesmo ponto no céu”, conclui a organização.
A atividade da Alfa Capricornídeas ocorre de 3 de julho a 15 de agosto e atinge sua máxima entre 29 e 30 de julho. Os meteoros dessa chuva são formados pelo impacto na atmosfera da Terra dos detritos deixados pelo Cometa 169P/NEAT.
Chuvas de meteoro: Alfa Capricornídeas e Delta Aquáridas — Foto: Bramon/Reprodução
Delta Aquáridas do Sul
A Delta Aquarídas do Sul é uma chuva mediana e sua atividade ocorre entre 12 de julho e 23 de agosto, e pode gerar até 16 meteoros na madrugada de 31 de julho.
“Os meteoros dessa chuva são chamados de delta aquarídeos do sul e provavelmente são formados por detritos do cometa 96P/Machholz, um cometa sungrazer (que passa raspando o Sol) de curto período, que a cada 6 anos passa a apenas 18,6 milhões de quilômetros do Sol”, informou a Bramon.