A safra da mandioca aumenta cada vez mais em Rondônia. Esse crescimento é resultado da assistência técnica realizada pelo Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), diretamente aos 22 mil produtores da cultura no Estado. Para este ano, a previsão é de aumento na produtividade, de acordo com a estimativa feita pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), mesmo com a redução da área plantada.
Entre as cidades que mais produzem a raíz, Porto Velho lidera o ranking dos seis maiores produtores que abastecem a mesa, a indústria e o consumo para animais. São 521,25 mil toneladas por ano, produtividade média de 23,8 t/hectare e o cultivo total ocupa 22,28 mil ha, segundo dados da Emater.
RANKING
A classificação da raíz brasileira na safra mais recente coloca nesse ranking os municípios de Porto Velho (1º), Itapuã do Oeste (2º), Machadinho d’Oeste (3º), Candeias do Jamari (4º), Theobroma (5º), Monte Negro (6º), e Cacaulândia (7º).
Em 2020, Porto Velho colheu 155,9 mil toneladas, em 8,66 mil hectares cultivados, obtendo produtividade média de 18t/ha. “Atualmente, a renda bruta da farinha de mandioca é igual à do café”, comentou o engenheiro agrônomo, José Edny de Lima Ramos, da Emater, que faz a orientação aos produtores.
Além da fabricação de farinha, a mandioca pode ser utilizada de muitas outras formas, como para consumo humano, nutrição animal, tornando-se uma excelente alternativa de renda para os agricultores familiares.
COMERCIALIZAÇÃO
O produto vem sendo bem valorizado. De acordo com pesquisa da Emater, a saca de 50 kg da farinha de mandioca custa R$ 250 em Alvorada do Oeste, R$ 252 em Cabixi, R$ 206,50 em Cerejeiras, R$ 290 em Colorado do Oeste, R$ 203 em Costa Marques, R$ 255 em Espigão do Oeste, R$ 240 em Guajará-Mirim, R$ 220 em Jaru, e R$ 205 em Machadinho d’Oeste.
A raíz sai por R$ 320 a tonelada em Cerejeiras, R$ 410 em Costa Marques, R$ 400 em Machadinho d’Oeste e R$ 500 em Guajará-Mirim.
“A mandioca mata a fome de milhões de pessoas no mundo, é fácil de plantar, desenvolve-se facilmente e gera renda”, diz o agrônomo.