Agentes federais cumprem, nesta quinta-feira (28), 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Campinas e em Brasília, no caso envolvendo a venda da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde.
A Precisa foi alvo da CPI da Covid, por ter intermediado a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin com o Ministério da Saúde, em contrato de R$ 1,6 bilhão com suspeita de pedido de propina, entre outras denúncias de irregularidades.
De acordo com a PF, a operação visa obter documentos da venda da vacina ao governo – que seria intermediada pela Precisa Medicamentos.
Francisco Maximiano, dono da empresa, também é um dos alvos dos agentes, assim como Emanuela Medrades, diretora da Precisa, e Marcos, advogado suspeito de ser sócio oculto da Precisa. A PF mira ainda a FIB Bank, instituição que, apesar do nome, não é banco. Ela emitiu a carta fiança que seria usada pela Precisa na compra da Covaxin
O contrato do governo com a Precisa foi suspenso e, depois, cancelado após a CPI da Covid revelar o depoimento do Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde que dizia sofrer pressão para diferente para dar aceite à continuação do contrato.
Toda a negociação foi destrinchada pela CPI da Covid, que, na última terça-feira (26), encerrou os trabalhos pedindo o indiciamento da Precisa e de Maximiano, além de outra empresa e mais 78 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e três filhos dele.
Ao menos 50 policiais federais e oi auditores da CGU participam da operação desta quinta-feira, cujos mandados foram expedidos pela 12ª Vara Criminal Federal do Distrito Federal.