Pela primeira vez em mais de um ano, o Japão teve ontem um dia sem mortes por covid-19. Isso não ocorria desde agosto de 2020, segundo dados da emissora japonesa NHK.
A variante delta e o maior fluxo de pessoas no país causado pelas Olimpíadas de Tóquio elevaram o contágio em agosto de 2021 a 25 mil casos.
Apesar disso, o sucesso vacinal do Japão, que tem 70% da população imunizada contra o coronavírus, ajudou a mudar drasticamente o quadro sanitário. Em setembro, com quase 60% de vacinados, a nação já conseguiu liberar a vida noturna novamente.
O primeiro-ministro Yoshihide Suga celebrou que “a ocupação de leitos hospitalares em todas as regiões voltou para menos de 50%. O número de pacientes em estado grave atingiu seu nível máximo no início de setembro e, desde então, vem caindo”.
O país continua vigilante e prevê uma possibilidade de maior contaminação dos cidadãos com a chegada do inverno no fim do ano. Por isso, o governo japonês planeja distribuir doses de reforço da vacina a partir do próximo mês.
Um dos principais assessores de saúde do Japão, Shigeru Omi, disse a repórteres que desenvolveu uma escala para medir a seriedade dos casos de coronavírus. Assim, ele pretende facilitar o cálculo dos hospitais de quantos leitos serão necessários em possíveis novas ondas da doença.
Além disso, o Japão é uma das nações interessadas em pesquisas para encontrar um remédio seguro e eficaz contra a covid-19. Semana passada, o medicamento molnupiravir começou a ser testado no Reino Unido.