TSE termina teste de segurança das urnas: ‘sem risco às eleições’

Dos 29 planos de ataques apresentados ao tribunal, cinco mostraram pontos relevantes a serem aperfeiçoados até o próximo pleito

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Fotos da urna eletrônica para as eleiçõe de 2018 - Brasilia, 20-08-2018. Foto: Sérgio Lima/Poder 360

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda-feira (29) o resultado da 6ª edição do teste de segurança do sistema de votação. Foram identificados cinco pontos relevantes que precisam ser corrigidos para as eleições de 2022, mas nenhum deles foi considerado grave ou demonstra risco ao pleito.

Durante uma semana, grupos de técnicos e especialistas, chamados de investigadores, estiveram no tribunal para executar os planos de ataque aos sistemas. O objetivo era descobrir e apontar eventuais falhas na urna eletrônica a tempo de serem corrigidas para as eleições de 2022. 

Ao todo, foram apresentados 29 planos de ataques, dentre eles a tentativa de rastreamento da ordem de votação e de violação do sigilo do voto. Aliviado, o presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que “nenhum dos ataques conseguiu afetar e ser bem sucedido com relação ao software da urna”, nem conseguiram chegar aos nomes de eleitores e candidatos. 

Os testes terminariam na sexta, mas foram prorrogados por mais um dia a pedido da equipe de peritos da Polícia Federal. Eles tinham dois planos de ataque para serem testados e pediram mais prazo para “ajustar questões finais” com relação a um deles.

Foi justamente o teste da PF que gerou maior preocupação, já que os investigadores conseguiram pular a barreira de segurança da linha de rede de transmissão e também da rede do TSE. Um outro teste não conseguiu chegar na rede do tribunal.

Barroso destacou que os investigadores da PF não chegaram no sistema de votação. “É um ataque importante que temos que encontrar mecanismos de bloquear, mas não é grave porque só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor. E nenhum teve essa potencialidade”, afirmou.

Um plano relevante conseguiu mexer no boletim da urna – que é impresso e mostra o resultado das eleições. Barroso explicou que, por tradição, a informação é embaralhada e desembaralhada quando chega ao TSE. Isso foi pensado quando ainda não havia assinatura digital do boletim. No caso, o investigador conseguiu enviar o boletim de urna sem o embaralhamento, mas o ministro explicou que isso não gera consequências. De toda forma, Barroso disse que será um ponto analisado, já que não há mais utilidade do embaralhamento dos dados.

Outros dois ‘achados’ dos investigadores têm baixa probabilidade de serem executados. Um deles exigiria acoplar um novo painel na urna e outro um fone de ouvido para transmitir os dados via bluetooth. No caso do segundo tópico, o ataque teria impacto no caso de eleitores que têm deficiência visual e precisam usar a entrada.

Agora, uma comissão avaliadora composta por especialistas vai analisar os resultados. Em maio, os investigadores deverão retornar à Corte para executar novamente os planos de ataque. A ideia do tribunal é conseguir sanar as vulnerabilidades apontadas.

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