PGR defende manutenção da prisão preventiva de Roberto Jefferson

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A PGR (Procuradoria-Geral da República) defendeu hoje a manutenção da prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson. Ele está detido desde agosto por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes por suspeita de envolvimento com uma milícia digital que atua contra a democracia.

A petição foi enviada ao ministro após a defesa do presidente afastado do PTB apresentar um pedido de relaxamento da decisão cautelar que levou à detenção do político. O texto também traz críticas ao comportamento do político.

A manifestação, assinada pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, ressalta que a prisão foi pedida para impedir que Roberto Jefferson continue a praticar “condutas criminosas”. Ela citou a “divulgação de manifestações, pessoalmente ou por intermédio de outras pessoas, por meio de áudios, escritos e vídeos” com ofensas aos ministros do STF.

“Todavia, sua prisão não se mostrou suficiente para impedir que o denunciado continuasse a proferir ofensas aos ministros desta Corte Suprema. Ao contrário, ao ser determinado o seu retorno ao estabelecimento prisional, após longo período de internação hospitalar devidamente autorizado por este Ministro Relator, o denunciado desrespeitou o cumprimento das medidas restritivas diversas da prisão impostas, gravando e divulgando vídeo, amplamente noticiado pela imprensa, no qual afirma ‘orar em desfavor de Xandão'”, pontuou Lindôra.

Na ocasião citada pela subprocuradora, Roberto Jefferson aparece em vídeo, reportado inicialmente pela coluna do Guilherme Amado, do site brasiliense Metrópoles, lendo o que seria um trecho bíblico e profetizando males ao ministro Alexandre de Moraes. O material foi gravado enquanto o ex-deputado estava no Hospital Samaritano da Barra, no Rio de Janeiro, para tratar uma infecção urinária e problemas cardíacos.

Por fim, Lindôra entendeu que os motivos que levaram à prisão preventiva de Roberto Jefferson “continuam atuais” para a “garantia da ordem pública”. A subprocuradora afirmou que o político tem comportamento “desrespeitoso e por vezes hostil’.

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