O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse ontem que “um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada” ao comentar sobre o risco de disseminação da covid-19 durante as comemorações de fim de ano.
Segundo a BBC Internacional, o chefe da OMS declarou que “decisões difíceis” de cancelamento ou adiamento dos eventos de fim de ano precisam ser tomadas para proteger a saúde pública em meio ao avanço da variante ômicron pelo mundo.
Para o diretor-geral, as festividades vão provocar “um aumento de casos, sistemas de saúde sobrecarregados e mais mortes”.
A OMS comunicou que a ômicron já está se espalhando mais rápido do que a variante delta, além de infectar as pessoas já vacinadas ou já infectadas pela covid-19 anteriormente.
“Existem agora evidências consistentes de que o ômicron está se espalhando significativamente mais rápido do que a variante delta. E é mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas da covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas”, disse Tedros, segundo a agência de notícias Reuters.
Mike Ryan, o especialista em emergências da OMS, informou que a pandemia poderia acabar no próximo ano se o mundo conseguir manter a transmissão do vírus “ao nível mínimo”.
A agência da ONU ainda destacou que neste momento seria mais relevante vacinar pessoas vulneráveis ao redor do mundo que ainda não receberam a primeira dose do imunizante em vez de fornecer doses de reforços a adultos sem comorbidades.
“Se quisermos acabar com a pandemia no próximo ano, devemos acabar com a desigualdade”, alertou Tedros.