Eleições 2022: WhatsApp e TSE criam recurso contra disparos em massa

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está preocupado em não deixar com que os mesmos erros aconteçam nas eleições deste ano e por isso, avançou em sua parceria com o WhatsApp para combater fake news na hora de votar em 2022. A ideia é aperfeiçoar uma ferramenta, que já foi usada no pleito municipal de 2020, para conseguir evitar os disparos em massa, que são os envios automatizados de propaganda política para milhares de pessoas ao mesmo tempo.

A questão ganhou mais notoriedade depois da disseminação em massa de inverdades e propagandas políticas nas eleições do ano de 2018 e isso ocasionou a união do WhatsApp e TSE para combater qualquer tipo de boato que gere desinformação e ataques.

Agora, essa parceria resulta em estratégia incisiva contra os disparos em massa. A pessoa que receber mensagens suspeitas durante as eleições pode denunciar ao preencher um formulário na página do TSE, se a mensagem fizer parte de um disparo ilegal de campanha, a Corte vai pedir que o WhatsApp tire do ar a conta.

Além disso, os responsáveis pela conta podem ter seus perfis banidos do aplicativo e se o disparo seja ligado a alguma campanha, o TSE também pode aplicar sanções e cassar a chapa.

Imagem mostra uma jovem segurando um smartphone; na tela do dispositivo é possível ver a frase 'fake news'

Na última quinta-feira (27), o ministro e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, esteve virtualmente presente com o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, para alinhar o aperfeiçoamento do canal de denúncias. Na conversa, foi assegurado que o WhatsApp não teria alterações significativas que poderiam afetar o funcionamento do app até o final das eleições.

Segundo Dario Durigan, chefe de políticas públicas do WhatsApp no Brasil, as chapas que contratam disparos em massa fazem mal para a democracia e prejudicam as demais campanhas: “Qualquer usuário pode denunciar ao TSE. Isso fortalece uma mensagem que eu tenho passado ao mundo político: não contrate disparo em massa, não faça marketing político no WhatsApp.”

Sobre a união com o WhatsApp, Barroso disse mesmo sendo inevitável totalmente, a melhoria no combate às fake news “deve partir de medidas concretas e políticas das próprias plataformas”. Já Will Cathcart enfatizou a importância da parceria com o TSE.

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