Nesta segunda-feira (7/02), a Polícia Federal esteve na casa de um morador de Caicó (RN) para buscar explicações sobre as ameaças ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
O autor da publicação realizada no domingo (6/02), foi identificado como Bismarck Victor Diniz, na postagem ele sugeriu que alguém deveria aproveitar a visita de Bolsonaro no município para envenená-lo, logo após, os prints circularam no WhatsApp.
Bolsonaro estará terça e quarta-feira na região Nordeste para participar do evento da conclusão da transposição do rio São Francisco ao Rio Grande do Norte. A ocasião deve contar também com a presença do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
“Quem será que vai fazer o serviço de colocar veneno? Faz falta alguma. É até um serviço de bem para sociedade”, escreveu o publicitário na publicação que deu origem ao caso.
“Hoje, pela manhã, duas viaturas da Polícia Federal foram até a residência dele [Bismarck] obter informações a respeito e saber o fundo de verdade dos comentários. Essa visita durou em torno de 3 a 5 minutos”, disse Navde Rafael, advogado de defesa do publicitário. O advogado também declarou que os policiais foram “cordiais e educados” e sugeriram que o publicitário evitasse fazer comentários desse tipo. O caso foi revelado pela Tribuna do Norte e confirmado pelo Estadão.
Navde Rafael acredita que essa repercussão fez com que o Instagram de Bismarck caísse por causa de denúncias dos próprios usuários. “O meu cliente foi notificado pelo próprio Instagram para que justifique o motivo pelo qual ele deve voltar para a rede”, disse.
“Foi um ato impensado. Motivado pelo próprio ódio que circula nas redes sociais hoje, ele fez esse comentário infeliz sem nenhuma pretensão de atentar contra a vida do presidente”, disse o advogado.
Procurada, a Polícia Federal não respondeu até o fechamento desta reportagem.