No início desta quinta-feira (25), o Bitcoin atingiu a sua maior baixa desde o dia 24 de janeiro. A retração ocorre logo após a confirmação da invasão da Ucrânia por forças russas, que já dispararam vários mísseis em direção às cidades do país nas últimas horas.
Esperando o reflexo no mercado, investidores começaram a vender rapidamente os seus ativos mais arriscados, incluindo o Bitcoin. Desde quarta-feira (24), cerca de US$ 200 bilhões evaporaram do mercado cripto.
Até o momento, a criptomoeda mais popular do mercado já caiu cerca de 9% e flutua perto dos US$ 35,5 mil, segundo o CoinMarketCap.
Como de costume, outras moedas digitais também foram afetadas. É o caso do Ethereum, que já acumula uma queda de mais de 12%, valendo US$ 2,380. Outros ativos acumulam quedas ainda mais expressivas, é o caso do Cardano, que retraiu mais de 17% nas últimas 14 horas.
No momento da publicação, a capitalização de todo o mercado de criptomoedas é de cerca de US$ 1,57 trilhão, uma queda diária de quase 10,5%.
“É provável que o pior esteja reservado nos próximos dias”, afirmou Jospeh Edwards, chefe de estratégia financeira da empresa de criptomoedas Solrise Group.
Mercado de ações em queda
O mercado de ações também começou o dia em queda, ao passo que o preço do dólar, ouro e barril do petróleo dispararam, já que são ativos mais seguros para os investidores do que as criptomoedas.
As ações russas, por sua vez, já caíram mais de US$ 250 bilhões à medida que a economia do país começa a sentir os impactos das sanções internacionais.
A incursão russa em solo ucraniano já é considerado o maior ataque de um Estado europeu contra outro país da região desde a Segunda Guerra Mundial, dizem as autoridades.
Por ora, o que se sabe é que os Estados Unidos e os aliados pretendem responder à ofensiva da Rússia com sanções severas, afirmou Joe Biden, presidente dos EUA. A decisão será acompanhada por outros países do bloco europeu.
Segundo analistas, o cenário pode fazer com que os russos acelerem a adoção de criptomoedas como meio de driblar os bloqueios econômicos impostos por outros países.
Ucrânia congelou uso de dinheiro eletrônico no país
O banco central ucraniano também determinou a proibição da emissão de dinheiro eletrônico após o início do conflito, o que também atinge o reabastecimento de carteiras eletrônicas por parte da população. A estratégia faz parte da lei marcial, que já está valendo no país.
Também foram impostos limites a saques de contas bancárias e a retirada de moedas estrangeiras.